quarta-feira, 29 de abril de 2020

Moro, fiel, deu para os Marinhos da Globo, mas não deu para Bolsonaro.


por Emanuel Cancella

Bolsonaro pode indicar amigos, o absurdo é ele continuar a pregar contra o isolamento social!
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Um irmão camarada me ligou, como sempre estamos fazendo na quarentena, e trocamos figurinhas. Assim falamos sobre a nomeação para diretor geral da  Polícia Federal de Alexandre Ramagem, que seria amigo do clã Bolsonaro.

O amigo levantou dúvidas sobre a própria eleição de Bolsonaro à presidência, que seria fruto de inúmeras fraudes. Eu, por exemplo, não tenho provas, mas tenho convicção de que a eleição de Bolsonaro foi uma imensa fraude.  

Mas para a Constituição Federal, convicção não serve para denunciar, condenar e nem prender ninguém, principalmente prender em segunda instância, como fizeram com Lula "com o Supremo, com tudo".

Ser amigo não constitui nenhum óbice na justiça para ser indicado para cargo público, parente sim, pois constitui nepotismo!

E aí Bolsonaro é recordista em nepotismo, pois desde 1991, a família Bolsonaro nomeou 102 pessoas com laços familiares. Quer dizer que para a nova justiça brasileira, parente pode, amigo é que não pode? (3)

 Isto porque o ministro do STF, Alexandre de Moraes, suspende nomeação de Ramagem para a PF, e Bolsonaro já revogou a nomeação (4,5).

Aliás, a maior fraude na eleição de Bolsonaro foi praticada pelo então juiz e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Sergio Moro.
Moro prendeu Lula, na véspera da eleição, sem provas, líder em todas as pesquisas de opinião, e na maior cara de pau recebeu de Bolsonaro, como prêmio, o ministério da Justiça e a promessa de ser indicado ministro do STF (8).

Aliás, o  STF se omitiu na nomeação de Moro ao ministério da justiça, pois um juiz não pode atuar como cabo eleitoral e depois ainda ser premiado com ministério.

Entretanto,  esse mesmo STF havia impedido Lula de ser ministro de Dilma. Na decisão, o ministro Gilmar Mendes afirma ter visto intenção de Lula em fraudar as investigações sobre ele na Operação Lava Jato. E o que levou Gilmar Mendes a erro foi que Moro, através de grampo, forjou prova e, o pior, editou, alterando a gravação antes da remessa ao STF . Depois, de forma cínica, Moro reconheceu que errou (6,8,9).

A renúncia de Sergio Moro ao ministério da Justiça virou uma guerra. Ao invés de estarmos discutindo o isolamento social, como no caso da super burocracia dos brasileiros para receberem os R$ 600 de ajuda emergencial e a falta de equipamentos até para profissionais de saúde, estamos gastando energia com dois energúmenos.

Bolsonaro continua a insistir no fim do isolamento social e, segundo Data Folha, aumenta o número de apoiadores a sua insanidade. Vale lembrar que Hitler, com sua propaganda, também tinha amplo apoio do povo alemão ao fascismo.  
   
Um dos motivos principais da saída de Moro do ministério de Bolsonaro, alegado em sua entrevista, foi de que o presidente queria informação diária das ações da Polícia Federal, especialmente sobre seus filhos.

E Moro disse que teria negado! Mas durante vários anos, a Lava Jato, chefiada pelo juiz Sérgio Moro, vazou diariamente, criminosamente, delações premiadas envolvendo a Petrobrás diretamente para o Jornal Nacional da Globo.

Pasmem! Em algumas operações da Lava Jato, a Globo chegou primeiro que a Polícia Federal, como no caso da condução coercitiva do ex-presidente Lula do PT e da prisão do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves do PDT, os dois presos sem provas.

Como dizia o saudoso Stanislau Ponte Preta: “Restaure-se a moralidade, ou nos locupletemos todos”.


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Rio de Janeiro 29 de abril  de 2020.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em:

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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