por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=ECpOmNTf6Hk
Minha homenagem ao
saudoso amigo e jornalista Mário Augusto Jakobskind
Chico Buarque, no auge da ditadura militar, lançou a música
“Vai Passar!”. E passou. Enquanto Chico e os saudosos Elis e Gonzaguinha
cantavam para alegrar nossos corações, militantes contra a ditadura militar e
pela volta da democracia eram perseguidos, torturados e mortos.
Dilma, estudante aos 19 anos, foi torturada nos porões da
ditadura. E o Coiso votou pelo seu impeachment, aliás, a maioria do Congresso
Nacional votou.
Mas O Coiso fez mais que votar, na declaração de seu voto
elogiou o torturador de Dilma, Coronel Brilhante Ustra. Nada
se provou contra Dilma e a resposta dos brasileiros é colocar Dilma como líder
absoluta na corrida pelo Senado em Minas Gerais.
Ontem, 04/10/18, perdemos um brasileiro ilustre, o militante
das boas causas, o jornalista Mário Augusto Jakobsking que trabalhou em vários
jornais tradicionais e, já há alguns anos, compunha o corpo editorial do jornal
Brasil de Fato.
Com certeza que Mário Augusto morreu não só por problemas de
saúde, como também a tristeza pelo quadro político que atravessamos no Brasil
deve ter contribuído, e muito, pelo falecimento de Mário Augusto. Perdemos um
jornalista e militante cuja causa, até a hora da sua morte, não temos dúvida,
era o Brasil. Mario Augusto presente!
Hoje, 5, na rua que moro, Correia Dutra, no
Flamengo, Rio, conversei com um amigo que trabalha com Uber na porta
de um hotel. Ele me disse que apostou R$ 2 mil reais contra R$ 500 de que o
Coiso não ganha essa eleição.
Na conversa entrou um funcionário do hotel e, de forma
bastante educada, declarou-se eleitor do Coiso. Confesso que, de forma
equivocada, agitado e com ar do dono da verdade, esculachei o Coiso dizendo que
sua campanha prega o fim do 13º salário e o abono de férias e que o próprio diz
que mulher tem que ganhar menos que o homem porque engravida.
E o que me respondeu o eleitor do Coiso: “Mas tem que
acabar mesmo com 13º e férias, trabalhador tem que ganhar é bom salário”. E
mais, esse mesmo eleitor do Coiso é sindicalista e mesmo assim concorda com a
Reforma Trabalhista, que teve voto do Coiso e tirou os direitos trabalhistas,
acabando com o imposto sindical, contribuição sindical e tirando a
obrigatoriedade da participação dos sindicatos nas homologações.
Na prática, se essas propostas permanecerem, os
sindicatos viram peça de decoração. Adeus sindicato de
trabalhadores!
Fico lembrando o livro História da Riqueza do Homem,
de Leo Huberman. No início do capitalismo, o trabalhador não tinha nenhum
direito e trabalhava até a exaustão. Quantas lutas foram travadas
pelos sindicatos no mundo com a participação dos homens e das mulheres?
Cito como exemplo:
“Lutando contra essa discriminação, as mulheres encetaram
diversas formas de luta na Europa e nos EUA. Numa dessas acções
reivindicativas, no dia 8 de Março de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica
de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para exigirem a redução
de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que,
nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram
fechadas na fábrica onde, entretanto, deflagrou um incêndio, e 130 mulheres
morreram queimadas” (1).
Todas as conquistas dos trabalhadores no Brasil estão agora sendo
questionadas pelos golpistas e Bolsonaro representa a continuidade dessa
retirada de direitos.
A tristeza que levou nosso companheiro Mario Augusto é
de todos nós, militantes da boa causa. Mário era um daqueles homens que Bertold
Brechet dizia que era imprescindível, pois lutou a vida inteira.
Quanto ao Coiso, independente do resultado da eleição,
ele ganhou a ira das mulheres. Não adianta a mídia golpista, aliada aos
institutos de pesquisa, como deboche, apontarem que, com a mega manifestação
das mulheres, no Brasil e no Mundo, o Coiso subiu nas pesquisas. Eu conheço
pouco sobre mulheres, mas nasci da barriga de uma e me orgulho muito
disso:
Fica para o Coiso a mensagem da música de Rita Lee:
“Por isso não provoque
É Cor de Rosa Choque!”.
Rio de Janeiro, 05 de outubro de 2018.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros,
da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do
Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
Meus endereços eletrônicos:
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Kkkkkkkkkkkkkkkkk !!
ResponderExcluirQuanta besteira !!