sábado, 6 de outubro de 2018

Mulheres que organizaram o ato, agora organizam o voto: Ele Não!


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=kVSoF8DwYSA

As mulheres, os afrodescendentes e os homossexuais, precisam responder, nas urnas, aos insultos: Ele Não!

                                                          Resultado de imagem para placa marielle franco destruida


O Brasil foi o maior país escravocrata do mundo e um dos últimos a abolir a escravatura. O Brasil era o centro mundial do tráfico de escravos (1).

Foi para pagar parte dessa divida com os povos africanos que os governos do PT perdoaram as dívidas de alguns países africanos e se adotou no Brasil a política de cotas para os negros nas universidades.

E agora vem O Coiso dizer que os afrodescendentes não prestam nem para procriar (3). E o vice do Coiso, general Hamilton Mourão, chamou os países latino-americanos e africanos de “mulambadas” (2). 

E mais. Partidários do Coiso rasgaram a placa de rua em homenagem a Marielle Franco que, juntamente com seu motorista, Anderson Pedro Gomes, foram covardemente assassinados. 

Marielle virou símbolo mundial dos direitos humanos. A vereadora do Rio do PSOL foi criada em comunidade pobre e fazia política de direitos humanos e de inclusão social nas favelas.

“O deputado estadual e candidato ao Senado Flávio Bolsonaro (PSL) defendeu, nesta quinta-feira, 4, os correligionários que destruíram uma placa que homenageava a vereadora do PSOLMarielle Franco, assassinada a tiros há pouco mais de seis meses. Segundo ele, os candidatos Daniel Silveira (a deputado federal) e Rodrigo Amorim (a deputado estadual) "nada mais fizeram do que restaurar a ordem" (4).”

Para não restar duvidas do pensamento da campanha do Coiso sobre as mulheres, veja o que disse seu vice, o general Mourão, em total desrespeito com os pobres e as mulheres:  “Que filhos criados por mães e avós, sem figuras masculinas, correm mais riscos de entrarem para o narcotráfico.
Mourão foi questionado sobre o assunto durante palestra na ACSP (Associação Comercial de São Paulo). Na segunda, o vice de Bolsonaro declarou que famílias pobres "onde não há pai e avô, mas sim mãe e avó" é uma "fábrica de desajustados", que fornecem mão de obra ao narcotráfico” (5).

O Coiso disse ainda que mulher tem que ganhar menos que o homem porque engravida (7).

Disse o Coiso sobre os homossexuais: "Não vou combater nem discriminar, mas, se eu vir dois homens se beijando na rua, vou bater (6)."

Para responder a esta onda de ataques, as mulheres organizaram uma grande manifestação no Brasil e no mundo do Ele Não. O evento envolveu milhares de mulheres em várias cidades do Brasil e manifestações gigantes simultâneas aconteceram no mundo.

A mídia golpista, através de pesquisas, enfocou, como deboche com os protestos das mulheres do Ele Não, que, apesar das manifestações, a intenção de votos no Coiso cresceu.

Quem sabe que amanhã, 7/10/18, nas urnas, as mulheres, os afrodescendentes e os homossexuais votem em massa mas contra o Coiso, mostrando sua repulsa a esse tipo de política racista, misógina e homo fóbica?    



Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2018.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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