por Emanuel Cancella
Essa é a pergunta que não quer calar. No governo tucano de
FHC, foi montado um esquemão que blindava a todos, e de qualquer partido.
Justiça seja feita, a blindagem de FHC ia além dos tucanos.
Engavetador Geral da Republica, falta de gasolina nos carros
da Policia Federal e telefones cortados por falta de pagamento. Quem informava
isso era a imprensa! Associados dessa forma, os órgãos de investigação estavam totalmente
inoperantes, tanto sucateados por falta de concurso público como por falta de
verba para um melhor aparelhamento.
Mas hoje salta os olhos a juventude dentro desses órgãos, a justiça
informatizada, equipamentos e armamentos de última geração, treinamento e
parceria com procuradores americanos do norte, no caso do Lava Jato, curso e
treinamento no exterior para acompanhar as últimas novidades do ramo. O que
estaria faltando para aplicar a justiça para todos?
É inaceitável ver no mensalão tucano os crimes prescrevendo
sem julgamento. Na operação Lava Jato, o governo tucano de FHC na Petrobrás e
parlamentares do PSDB estão ilesos, apesar das várias delações premiadas, enquanto
delação de outros partidos, principalmente do PT, resultam em vazamento para
imprensa, como um realty show, e até em prisão. No Lava Jato também não tem
vazamento e nem prisão de tucano! Os petroleiros entendem que a investigação a
prisão de corruptos é fundamental se for necessário aumentem a Força Tarefa.
Agora parar a Petrobrás como esta fazendo o Lava Jato é crime lesa pátria. A Petrobrás
com os impostos que paga financia 80% das obras do Brasil, e o Brasil é o
segundo canteiro de obras do mundo só perdendo para a China. Parar a Petrobrás
é parar o Brasil.
O que fazer para manter a Petrobrás funcionando? Os contratos
de Leniência que permitem a investigação, prisão de empresários e as empresas continuando
a funcionar. Aliás, essa e a regra nos EUA, onde o chefe da operação Lava Jato,
Sérgio Moro, estudou. Não sabemos por que isso não é aplicado no Brasil?
A sociedade poderia até aceitar esse comportamento da Polícia
Federal, do Ministério Público e da Justiça se estivéssemos diante de um
partido probo, mas não, a contribuição dos tucanos ao mundo do crime é vasta,
pois além do mensalão tucano e do Lava Jato, temos a Compra de votos para instituir
a reeleição por FHC, sanguessuga, a Privataria Tucana, Trensalão, a lista de
Furnas de Aécio Neves, etc.
O governo tucano, de FHC, apesar da Privataria Tucana e da
compra dos votos para reeleição, entre outros escândalos de corrupção,
governou. Agora eles querem tirar Dilma por conta das “pedaladas”. Para os técnicos que lidam com o orçamento público,
a expressão é sinônimo de adiamento de uma despesa. Nas
pedaladas de Dilma, o objetivo foi financiar projetos sociais principalmente o
Programa Minha Casa Minha Vida.
Envolvendo o ex-presidenciável tucano Aécio Neves, temos o
aeroporto de Cláudio, construído em terras da própria família e com dinheiro
público, e a diretoria de Furnas que ele
controlava, da qual ele recebia mensalão, através da irmã.
Mesmo blindados pelos órgãos investigativos, os tucanos
buscam a certeza da impunidade! Geraldo Alckmin, governador de São Paulo,
aquele que ganhou prêmio pela gestão hídrica, com o paulista sem água na
torneira para lavar o copo para fazer o brinde. Alckmin quer engavetar por 25
anos os documentos de duas jóias dos tucanos, o Trensalão e a Sabesp. Na omissão
dos órgãos investigativos, não sabemos por que motivo, os tucanos ensaiam assim
a volta do engavetamento, inclusive outro tucano envolvido no mensalão tucano,
Eduardo Azeredo, tenta regulamentar, melhor dizendo, amordaçar as redes
sociais.
Fica o desafio para nossos órgãos investigativos, Policia Federal,
Ministério Público e Justiça: Pela primeira vez, corruptos e corruptores estão
indo para a cadeia e o dinheiro roubado sendo recuperado. Falta investigar e prender
pelo menos um tucano! Quem sabe nesse dia estabeleceremos um feriado nacional!
Rio de Janeiro, 18 outubro de 2015
OBS.: Artigo enviado para possível
publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros
órgãos de comunicação.
Emanuel Cancella é coordenador do
Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
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