quinta-feira, 21 de abril de 2016

O golpe no Brasil perpetrado por nossas Instituições: Congresso Nacional, justiça, MPF, PGR, STF

por Emanuel Cancella
Não dá para acreditar que o presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha, e o vice presidente, Michel Temer, sozinhos, estão organizando o golpe. Essa dupla não tem inteligência e nem poder para isso! Como diria Brizola: “Esse plano vem de longe”. Também não dá para jogar toda culpa na mídia. Lógico que as empresas de comunicação, principalmente a Globo, querem o mesmo que Eduardo Cunha: com o golpe engavetar seus crimes, que não são poucos.

Globo, Band, Folha, editora Abril, responsável pela Veja, Grupo RBS e Jovem Pan etc, estão envolvidos no Swssleaks, que são as contas no HSBC da Suíça para lavagem de dinheiro. Alem disso, a Globo é sonegadora do Imposto de Renda  da transmissão da Copa do Mundo de 2002, além de estar citada no escândalo das contas Offshore  do Panama Papers, para lavagem de dinheiro. A Globo também é a principal suspeita do escândalo de corrupção da Fifa, já que foi o tempo todo monopolista das transmissões esportivas. Seu principal sócio, a TV TEM de São Paulo, é réu confesso no processo. A mídia, com certeza, faz parte do golpe, aliás, não é o primeiro golpe que a Globo apóia, pois todos sabemos que apoiou e cresceu à sombra da ditadura de 1964.

Também não dá para colocar a culpa só no Congresso Nacional. Lógico que a ampla maioria dos deputados e senadores está mancomunada com o golpe, mas não dá para dizer que são só eles. Vale lembrar que a caixinha da Fiesp, de R$ 500 milhões, para financiar os aliados do golpe, não foi só para parlamentares, com certeza que a história vai mostrar que juízes, procuradores, mídia e jornalistas estão envolvidos. Basta olhar todos os grandes escândalos no país que estão impunes como os da “Lista de Furnas”.

Gilmar Mendes como o ministro, Dias Toffoli foram citados na gravação feita pelo filho do ex diretor da Petrobrás, Nestor Ceveró, que resultou na prisão do senador, Delcídio do Amaral, os quinhentos citados na lista da Odebrecht ou os crimes do Cunha, e tantos outros,  para provar que a coisa só funciona quando tem algum interesse espúrio.      

As principais mídias do mundo, jornais e revistas estão denunciando o golpe, inclusive o maior jornal do mundo, o New York Time, diz em editorial: “É Golpe!”. E por que nossas instituições não reagem? O Congresso Nacional, Justiça, MPF, PGR e STF será que além de cegos, como deveria ser a justiça para não ser seletiva, estão surdos e mudos? Esse silêncio de nossas Instituições, neste momento, só tem uma razão: é a de total conivência com o golpe!

 

Quando não se calam, manifestam-se contra o governo, como agora que adiam o parecer se Lula, em pode ou não ser ministro, Chefe da Casa Civil. O adiamento é o mesmo que negar ou, de forma cínica deliberar, como se dissessem que depois do impeachment decidirão.

 

Não podemos e não devemos generalizar: existem juízes, procuradores e parlamentares honestos, mas a cúpula de nossas Instituições estão envolvidas com o golpe. Estão fazendo no impeachment o que fizeram no mensalão, é o predomínio do “Domínio dos Fatos”, aliás, agora nem isso tem, pois ninguém acusa Dilma de corrupção.

No mensalão, o único mensaleiro de fato, com prova material, foi o deputado do PTB/RJ, Roberto Jeferson, que está solto e dando conselhos na mídia. Todos os do PT foram condenados com base Teoria dos Fatos, no ouvir falar, sem prova material. Com o agravante de que o mensalão do PSDB, anterior ao do PT, até hoje não foi julgado e está prescrevendo.

 

A motivação pelo impeachment, a chamada Pedalada Fiscal, que além de nunca ter sido crime, nem aqui nem em qualquer lugar do Planeta, também foi praticada pelo vice, Michel Temer. Pelo menos 13 governadores usaram as pedaladas, e ninguém foi impedido.

As pedaladas não foi mencionada no voto da maioria dos que votaram pela admissibilidade do impeachment, entretanto eles todos não se esqueceram da senha para receber a propina, que era citar a família!

 

A sociedade brasileira esta sendo vitima de um estupro ao vivo e a cores, denunciado pela maioria das mídias mundiais e com aval inconteste de nossas instituições!     

 

Rio de Janeiro, 21  de abril de 2016 
OAB/RJ 75 300              
               
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.


Um comentário:

  1. O problema da Dilma é que ela tambem, falou que não ia aumentar, energia,água, gasolina, impostos, falava que era contra a cpmf mas quer implantar, e ai ? E quando ela ganhou mudou o discurso aumentou tudo e agora quer mudar a internet prá entrar mais impostos, vocês não sentem a crise porque vocês ganham quanto querem dependendo do caso, só por isso.

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