por Emanuel Cancella

Não
dá para acreditar que o presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha, e o
vice presidente, Michel Temer, sozinhos, estão organizando o golpe. Essa dupla
não tem inteligência e nem poder para isso! Como diria Brizola: “Esse plano vem
de longe”. Também não dá para
jogar toda culpa na mídia. Lógico que as empresas de comunicação,
principalmente a Globo, querem o mesmo que Eduardo Cunha: com o golpe engavetar
seus crimes, que não são poucos.
Globo, Band, Folha, editora
Abril, responsável pela Veja, Grupo RBS e Jovem Pan etc, estão envolvidos no
Swssleaks, que são as contas no HSBC da Suíça para lavagem de dinheiro. Alem
disso, a Globo é sonegadora do Imposto de Renda da transmissão da Copa do Mundo de 2002, além
de estar citada no escândalo das contas Offshore do Panama Papers, para lavagem de dinheiro. A
Globo também é a principal suspeita do escândalo de corrupção da Fifa, já que
foi o tempo todo monopolista das transmissões esportivas. Seu principal sócio, a
TV TEM de São Paulo, é réu confesso no processo. A mídia, com certeza, faz
parte do golpe, aliás, não é o primeiro golpe que a Globo apóia, pois todos
sabemos que apoiou e cresceu à sombra da ditadura de 1964.
Também não dá para colocar a
culpa só no Congresso Nacional. Lógico que a ampla maioria dos deputados e
senadores está mancomunada com o golpe, mas não dá para dizer que são só eles. Vale
lembrar que a caixinha da Fiesp, de R$ 500 milhões, para financiar os aliados
do golpe, não foi só para parlamentares, com certeza que a história vai mostrar
que juízes, procuradores, mídia e jornalistas estão envolvidos. Basta olhar todos
os grandes escândalos no país que estão impunes como os da “Lista de Furnas”.
Gilmar Mendes como o ministro, Dias
Toffoli foram citados na gravação feita pelo filho do ex diretor da Petrobrás,
Nestor Ceveró, que resultou na prisão do senador, Delcídio do Amaral, os
quinhentos citados na lista da Odebrecht ou os crimes do Cunha, e tantos
outros, para provar que a coisa só
funciona quando tem algum interesse espúrio.
As principais mídias do mundo, jornais e revistas estão denunciando o
golpe, inclusive o maior jornal do mundo, o New York Time, diz em editorial: “É
Golpe!”. E por que nossas instituições não reagem? O Congresso Nacional, Justiça,
MPF, PGR e STF será que além de cegos, como deveria ser a justiça para não ser
seletiva, estão surdos e mudos? Esse silêncio de nossas Instituições, neste
momento, só tem uma razão: é a de total conivência com o golpe!
Quando não se calam, manifestam-se contra o governo, como agora que adiam
o parecer se Lula, em pode ou não ser ministro, Chefe da Casa Civil. O adiamento
é o mesmo que negar ou, de forma cínica deliberar, como se dissessem que depois
do impeachment decidirão.
Não podemos e não devemos generalizar: existem juízes, procuradores e
parlamentares honestos, mas a cúpula de nossas Instituições estão envolvidas
com o golpe. Estão fazendo no impeachment o que fizeram no
mensalão, é o predomínio do “Domínio dos Fatos”, aliás, agora nem isso tem,
pois ninguém acusa Dilma de corrupção.
No mensalão, o único mensaleiro
de fato, com prova material, foi o deputado do PTB/RJ, Roberto Jeferson, que
está solto e dando conselhos na mídia. Todos os do PT foram condenados com base
Teoria dos Fatos, no ouvir falar, sem prova material. Com o agravante de que o
mensalão do PSDB, anterior ao do PT, até hoje não foi julgado e está
prescrevendo.
A motivação pelo impeachment, a
chamada Pedalada Fiscal, que além de nunca ter sido crime, nem aqui nem em
qualquer lugar do Planeta, também foi praticada pelo vice, Michel Temer. Pelo
menos 13 governadores usaram as pedaladas, e ninguém foi impedido.
As pedaladas não foi mencionada
no voto da maioria dos que votaram pela admissibilidade do impeachment, entretanto
eles todos não se esqueceram da senha para receber a propina, que era citar a família!
A sociedade brasileira esta sendo
vitima de um estupro ao vivo e a cores, denunciado pela maioria das mídias mundiais
e com aval inconteste de nossas instituições!
Rio de Janeiro, 21 de abril de 2016
OAB/RJ 75
300
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do
Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros
(FNP).
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia,
Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
O problema da Dilma é que ela tambem, falou que não ia aumentar, energia,água, gasolina, impostos, falava que era contra a cpmf mas quer implantar, e ai ? E quando ela ganhou mudou o discurso aumentou tudo e agora quer mudar a internet prá entrar mais impostos, vocês não sentem a crise porque vocês ganham quanto querem dependendo do caso, só por isso.
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