Dizendo combater a corrupção na Petrobrás, na verdade a Lava
Jato tão somente visa entregar a Petrobrás aos gringos.
Já a Greenfield, também usando o mesmo engodo do combate à
corrupção nos fundos de pensão, na verdade trata-se de estratégia para
entregar, aos bancos privados, o patrimônio bilionário dos fundos de pensão,
bem como o não menos valioso mercado de complementação de aposentadorias.
O Brasil tem mais de seis milhões de pessoas beneficiadas,
direta ou indiretamente, pelos fundos de pensão, entre participantes ativos,
seus dependentes e as pessoas efetivamente assistidas (7).
"Até outubro de 2019, os investimentos da Previ (Banco
do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal) e Postalis
(Correios) somavam R$ 375,9 bilhões, de um universo estimado em R$ 926,1
bilhões, de acordo com o consolidado estatístico da Associação Brasileira das
Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) (8)."
No meu caso, entrei na Petrobrás no dia 10/07/1974, assim
como me associei ao Sindicato dos Petroleiros, pois, no dia em que entrei na
Companhia, ambas as fichas, do Sindicato e da Petros, aguardavam-me em minha
mesa de trabalho.
Falei para o representante do RH que levaria a extensa ficha
da Petros para casa para analisá-la e devolveria no dia seguinte, muito
provavelmente assinada. E ele me interpelou, avisando que, se não assinasse o
contrato com a Petros, não entraria na Petrobrás.
A criação dos fundos de pensão foi trazida dos EUA e Europa,
justamente para esvaziar politicamente e financeiramente a previdência pública,
e também separando dos demais trabalhadores, petroleiros, bancários da caixa e
do BB, trabalhadores dos Correios, eletricitários, aeroviários, etc.
Mesmo considerando a previdência pública o ideal, é bom dizer
que os fundos de pensão das estatais se transformaram em excelência, e assim
como a previdencia pública pagando em dia aposentadorias e pensões e na
principal ferramenta de fomento e impulsora de nossa economia. No Brasil só os
fundos de pensão das estatais e previdência publica honraram o compromisso com
os trabalhadores, pagando em dia aposentadorias e pensões.
Ja a Capemi, Ipesp, Montepio Mongeral, Caixa Geral/ S/A
Seguradora, Montepio Mongeral da Família Militar – Caixa de Pecúlio dos
Militares e Aposentec, do empresário Silvio Santos deram o cano em seus
mantenedores não pagaram aposentadorias e pensões e nem devolveram o dinheiro
aplicado e nunca foram investigados pela Policia Federal (9,10).
Com o desenvolvimento de tecnologia inédita no mundo, que
permitiu a descoberta do pré-sal, no governo Lula, os fundos de pensão das
estatais vislumbraram a criação de uma empresa que construiria sondas de
perfuração para o pré-sal, a Sete Brasil.
Não tenho dúvida de que fabricar sondas de perfuração estaria
entre os melhores negócios no mundo. Usaram o engodo do combate à corrupção e a
operação Greenfield, denunciou 29 trabalhadores ligados aos fundos de pensão
(Petros, Funcef Previ e Valia) por gestão temerária na Sete Brasil(1).
Simultaneamente a denuncia da Sete Brasil, o governo golpista
de Michel Temer, não por acaso, suspendeu as encomendas de sondas
para o pré-sal da Sete Brasil e, sem encomendas, a empresa quebrou.
A fabricação de sondas de perfuração é garantida pela lei de
Partilha, (12.351/10) de Lula, no Conteúdo Local, como também construir navios
e plataformas no Brasil.
Assim, enganando a sociedade dizendo combater a corrupção a
Greenfield, destruindo a Sete Brasil, e a Lava Jato, destroçando a
indústria naval brasileira. Resultando assim que agora sondas, navios e
plataformas foram ser construídos no estrangeiro, gerando vultosos
investimentos, arrecadação gigante de impostos e de milhões de empregos de
qualidade nas próximas décadas (6). Mas para os gringos!
Veja também em anexo o documentário que comprova que a Lava
Jato, chefiada pelo juiz Sergio Moro, destruiu a economia nacional em poucos
meses (11).
Não seria mais patrotico caso comprovado a "gestão
temeraria" prender os criminosos e manter os negocios no
Brasil?
Se em Houston, nos EUA, a Petrobrás e os petroleiros, pela
descoberta do pré-sal, ganharam pela 3ª vez o prêmio OTC, o equivalente ao
“Oscar” da indústria do petróleo (5); no Brasil, os petroleiros, ativos e
aposentados, foram punidos e pagam pelo rombo ou Ped (Plano de
Equacionamento de Déficit), no mínimo com 13% de seus salários e por 18
anos. E agora a direção, da Petrobrás e Petros, vai transformar o desconto em
vitalício, sendo que a ampla maioria dos petroleiros nunca foi
gestor da Petros.
Só para mostrar a disparidade de tratamento da Greenfield e
da lava Jato com os trabalhadores, atentem:
- Paulo Guedes era assessor de Bolsonaro e com seu futuro
assessor, Esteves Colnago, e outros, montou uma quadrilha que deu rombo de R$
6.5 BI nos fundos de pensão das estatais, entre eles a Petros (3,4).
- Assim se os petroleiros estão pagando pelo roubo alheio,
Paulo Guedes além de não pagar pelo próprio roubo, ainda foi promovido por
Bolsonaro a ministro da Economia.
E mais, Paulo Guedes além de tungar o fundo de pensão das
aposentadorias dos trabalhadores, com a privatização, ainda tira seus empregos,
como fez com 600 trabalhadores próprios e centenas de contratados na BR
Distribuidora (2).
E nesse caso mais perdidos que cego em tiroteio, as
sempre combativas, proba, direções da Aepet, FNP e FUP são contra o PED
assassino (Plano de Equacionamento de Déficit), entretanto
indicaram para as assembléias dos petroleiros a aprovação do desconto do rombo
que agora vai ser vitalicio.
Vou repetir o que disse na assembléia dos aposentados no RJ,
quando tomei conhecimento da proposta: “A direção, da Petrobrás e da Petros,
quer me matar e os sindicatos querem me estuprar. Mas vou acompanhar
o Sindicato”!
Em tempo, Inscreva-se em meu canal e compartilhe o vídeo, o
Twitter e o blog e, deixe um comentário.
5 - https://petrobras.com.br/fatos-e-dados/recebemos-o-premio-offshore-technology-conference-2015.htm
Rio de Janeiro, 21 de junho de 2020.
Em tempo: O meu livro A outra face de Sergio Moro está à
venda no Mercado Livre, cuja renda é integralmente para os demitidos da
indústria naval:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros,
da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do
Dieese.
Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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