por Emanuel Cancela
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal,
apertou o cerco contra o clã Bolsonaro e pediu a apreensão dos celulares de
Jair e Carlos Bolsonaro, no inquérito sobre a interferência do governo na
Polícia Federal, que provocou a demissão de Sergio Moro (1)
Corretíssima a postura do ministro do STF, pois ninguém está
acima da lei, inclusive o juiz Sergio Moro, chefe da Lava Jato.
Moro prendeu o ex-presidente Lula, sem provas, na véspera da
eleição, num claro intuito de beneficiar Bolsonaro, de quem ganhou assim não só
o ministério da Justiça mas ainda teve
de Bolsonaro a promessa de ser indicado ao STF (4). Lembrando que Lula foi
impedido de ser ministro de Dilma pelo STF por uma armação de Moro (10,11).
E Lula foi preso em 2ª instancia, contrariando a Constituição
Federal, que só permite prisão quando esgotados todos os recursos. E embora o
ministro Celso de Melo e seus colegas de STF sejam guardiões da Constituição
Federal, aceitaram essa barbaridade,
cujo intuito era só afastar Lula da eleição. Lula, mesmo sabendo ser injusta a
prisão, aceitou-a e recorreu, e a própria justiça determinou sua liberdade.
Com relação a Bolsonaro não é ainda a prisão, é só busca e apreensão do seu celular e de seu
filho. Por que o desespero do Chefe da Segurança Institucional do presidente,
Augusto heleno? Ora, quem não deve não
teme (2)!
Ninguém tem dúvidas de que Bolsonaro interveio na PF para
proteger a si próprio e seus filhos e para isso, segundo o ministro da justiça,
Sergio Moro, queria e quer um Diretor Geral da PF que fizesse isso.
Aliás, o indicado pelo presidente Bolsonaro seria o delegado
Alexandre Ramagem, mas o STF, através do ministro Alexandre de Moraes, barrou a
nomeação (3).
Moro, ministro da Justiça, não aceitou que as informações da
PF vazassem para Bolsonaro, o que iria caracterizar crime, porém, o juiz Sérgio
Moro, durante cerca de 3 anos, vazou diariamente e criminosamente delações
premiadas para os Marinhos da Globo, sempre envolvendo a Petrobrás para manchar
sua imagem e facilitar sua entrega aos gringos, o que hoje esta acontecendo.
Essas informações, sem precisar de comprovação, iam ao ar no
Jornal Nacional da Globo e eram replicadas no jornal impresso e em outras
mídias da Globo. Isso quer dizer que para os Marinhos pode, mas
para Bolsonaro não pode?
Há muita coisa para ser explicada envolvendo o Sergio Moro.
Como por exemplo a denúncia da maior gravidade envolvendo sua a esposa. Segundo
o advogado da Odebrechet, Rodrigo Tacla Duran, ele foi procurado pelo advogado
oficial da Lava Jato, Carlos Zucolloto Junior. Lembrando que Zucoloto é
padrinho de casamento de Sergio Moro e ex-sócio de sua esposa, Rosangela Moro.
Na ocasião, Zucolloto propôs a Duram uma delação premiada que
lhe daria a prisão domestica e perdão de US$ 10 milhões em multas da Odebrecht.
Para isso Duran teria que pagar US$ 5 milhões, “por Fora”. Duran não concordou
e deu uma entrevista à jornalista Monica Bergamo, da Folha, que a publicou.
Moro, quando soube da história, chamou Duran de aventureiro e
fora da lei. Inclusive Moro queria prender a jornalista Monica Bergamo (5).
Mas foi a revista Veja que divulgou a notícia, com base na
Receita Federal, que Duran fizera depósito na conta de Rosangela Moro. Moro não
perdeu a pose e, como se estivesses acima da lei, disse que o depósito foi para
pagar cópias do processo (6 a 9).
Creio que a Justiça, assim como vai fazer busca e apreensão
no telefone de Bolsonaro e seu filho, deveria punir o então Sergio Moro, por
vazar criminosamente delações premiadas para a Globo, o que pode ter levado o
presidente Bolsonaro a erro e querer usufruir dos mesmos direitos, que, diga-se
de passagem, ilegais, que tiveram os Marinhos da Globo.
Depois também quebrar o sigilo bancário de Rosangela Moro,
para saber de quanto foi o valor do depósito de Duran, na conta da esposa de
Moro, denunciado pela Veja.
Caso contrário, a sociedade vai achar que o STF, através do
ministro Celso de Mello, estaria punindo Bolsonaro e colocando Moro como herói!
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11 - https://www.conjur.com.br/2016-mar-16/moro-divulgou-grampos-ilegais-autoridades-prerrogativa-foro
Rio de Janeiro 22 de maio de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300,
ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos
Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e
Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”
que pode ser adquirido em:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o
Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de
comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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