por Emanuel Cancella

Os petroleiros estão vendo minguar suas
aposentadorias, já que os petroleiros, ativos e aposentados, estão pagando no mínimo
com 13% de seus salários, e por 18 anos, por conta de um suposto rombo na
Petros.
Pasmem! Esses petroleiros nunca foram
gestores da Petros e o mais trágico é que a direção da Petrobrás e a direção da
Petros ainda dizem que novos rombos poderão advir e serão pagos por estes
mesmos petroleiros. E agora, ao invés de 18 anos, o pagamento vai
ser vitalício.
E tudo isso é resultado do dito combate à
corrupção na Petrobrás, via operação Lava Jato, então chefiada por Sergio Moro,
e a operação Greenfield.
A operação Lava Jato prendeu 20 pessoas por
suspeita de superfaturamento na obra de construção da sede da Petrobrás na
Bahia, com dinheiro da Petros (1).
A Operação Greenfield denuncia 29 ex-gestores
de fundos de pensão por gestão temerária. A ação apura apenas o crime de gestão
temerária praticada pelos administradores dos fundos (2).
De acordo com a denúncia, os ex-gestores
causaram prejuízo de R$ 5,5 bilhões aos fundos de pensão Petros, dos
funcionários da Petrobras; Funcef, dos colaboradores da Caixa Econômica
Federal; Previ, dos funcionários do Banco do Brasil; e Valia, dos trabalhadores
da Vale (2).
Mas por que com alguns essas operações cobram
e prendem, até sem provas, com os verdadeiros ladrões elas fingem que nada
sabem?
Pois enquanto os petroleiros estão pagando
por rombo pelo qual não têm nenhuma responsabilidade, o ministro da Economia, Paulo
Guedes está livre e nada paga, mesmo tendo, junto com seu assessor, Esteves
Colnago e outros, montado uma quadrilha que deu rombo de R$ 6.5 BI nos fundos
de pensão das estatais, inclusive a Petros (5,6).
E o mais grave, Paulo Guedes praticou o crime
quando era assessor do candidato Bolsonaro. E mesmo assim, Guedes que não
sofreu qualquer punição, muito pelo contrário, ainda foi promovido a ministro da Economia de
Bolsonaro, com as benções da Lava Jato, chefiada pelo então juiz Sergio Moro, que
investigava a Petrobrás, e da Operação Greenfield, que investiga os fundos de
pensão.
E ontem, sexta, 24, na entrevista de despedida do ministério da Justiça
(3). Moro revela “segredo”: pediu pensão para a família em troca de trabalhar
com Bolsonaro.
“Durante 22 anos eu trabalhei como juiz e
contribuí para a Previdência. E perdi quando saí da magistratura. Eu pedi que,
se algo me acontecesse, que minha família não ficasse desamparada sem uma
pensão. Foi a única condição que coloquei para assumir essa posição específica
no ministério da Justiça”, revelou (4).
Eu por exemplo, trabalhei por 42 anos na
Petrobrás, paguei o INSS como qualquer trabalhador e paguei também o Fundo Petros, em até 14% de
meu salário, e estou sendo roubado em minha aposentadoria. E muitos
companheiros petroleiros estão morrendo na miséria e por indignação.
E aí vem a notícia de que o ex juiz Sergio
Moro, que encabeçou o combate à corrupção na Petrobrás, que resultou, por
exemplo, nessa situação na Petros e também em outros fundos de pensão de estatais,
está recebendo uma pensão pela qual não faz jus.
Enquanto o ministro da Justiça Sergio Moro recebe
a pensão irregular e ilegal, o outro ministro, o da Economia, que deu rombo no
fundo das aposentadoria dos trabalhadoresdas estatais, ainda vai tirar seus
empregos na privatização, como fez na BR Distribuidora.
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Rio de Janeiro 24 de abril de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da
FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,
sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em:
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OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo,
JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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