sábado, 25 de abril de 2020

Enquanto Moro está recebendo uma pensão ilegal, petroleiros estão sendo roubados em sua aposentadoria!


por Emanuel Cancella

Emanuel Cancella: A Vaza Jato, por suspeita, afastou da ...

Os petroleiros estão vendo minguar suas aposentadorias, já que os petroleiros, ativos e aposentados, estão pagando no mínimo com 13% de seus salários, e por 18 anos, por conta de um suposto rombo na Petros.

Pasmem! Esses petroleiros nunca foram gestores da Petros e o mais trágico é que a direção da Petrobrás e a direção da Petros ainda dizem que novos rombos poderão advir e serão pagos por estes mesmos petroleiros.   E agora, ao invés de 18 anos, o pagamento vai ser vitalício.

E tudo isso é resultado do dito combate à corrupção na Petrobrás, via operação Lava Jato, então chefiada por Sergio Moro, e a operação Greenfield.
A operação Lava Jato prendeu 20 pessoas por suspeita de superfaturamento na obra de construção da sede da Petrobrás na Bahia, com dinheiro da Petros (1).  
A Operação Greenfield denuncia 29 ex-gestores de fundos de pensão por gestão temerária. A ação apura apenas o crime de gestão temerária praticada pelos administradores dos fundos (2).

De acordo com a denúncia, os ex-gestores causaram prejuízo de R$ 5,5 bilhões aos fundos de pensão Petros, dos funcionários da Petrobras; Funcef, dos colaboradores da Caixa Econômica Federal; Previ, dos funcionários do Banco do Brasil; e Valia, dos trabalhadores da Vale (2).

Mas por que com alguns essas operações cobram e prendem, até sem provas, com os verdadeiros ladrões elas fingem que nada sabem?

Pois enquanto os petroleiros estão pagando por rombo pelo qual não têm nenhuma responsabilidade, o ministro da Economia, Paulo Guedes está livre e nada paga, mesmo tendo, junto com seu assessor, Esteves Colnago e outros, montado uma quadrilha que deu rombo de R$ 6.5 BI nos fundos de pensão das estatais, inclusive a Petros (5,6).

E o mais grave, Paulo Guedes praticou o crime quando era assessor do candidato Bolsonaro. E mesmo assim, Guedes que não sofreu qualquer punição, muito pelo contrário, ainda  foi promovido a ministro da Economia de Bolsonaro, com as benções da Lava Jato, chefiada pelo então juiz Sergio Moro, que investigava a Petrobrás, e da Operação Greenfield, que investiga os fundos de pensão.

E ontem, sexta, 24,  na entrevista de despedida do ministério da Justiça (3). Moro revela “segredo”: pediu pensão para a família em troca de trabalhar com Bolsonaro.

“Durante 22 anos eu trabalhei como juiz e contribuí para a Previdência. E perdi quando saí da magistratura. Eu pedi que, se algo me acontecesse, que minha família não ficasse desamparada sem uma pensão. Foi a única condição que coloquei para assumir essa posição específica no ministério da Justiça”, revelou (4).

Eu por exemplo, trabalhei por 42 anos na Petrobrás, paguei o INSS como qualquer trabalhador  e paguei também o Fundo Petros, em até 14% de meu salário, e estou sendo roubado em minha aposentadoria. E muitos companheiros petroleiros estão morrendo na miséria e por indignação.

E aí vem a notícia de que o ex juiz Sergio Moro, que encabeçou o combate à corrupção na Petrobrás, que resultou, por exemplo, nessa situação na Petros e também em outros fundos de pensão de estatais, está recebendo uma pensão pela qual não faz jus.

Enquanto o ministro da Justiça Sergio Moro recebe a pensão irregular e ilegal, o outro ministro, o da Economia, que deu rombo no fundo das aposentadoria dos trabalhadoresdas estatais, ainda vai tirar seus empregos na privatização, como fez na BR Distribuidora.


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Rio de Janeiro 24 de abril  de 2020.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em:
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OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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