quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Bolsonaro, STF, TCU e Lava Jato promovem o roubo do século na Petrobrás. Vale a Pena Ver de Novo, Matéria de 06/08/19.

por Emanuel Cancella


Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=7iqO4fiHNX8

                            Resultado de imagem para 70% dos brasileiros são contra a privatização

Bolsonaro, mais uma vez, revela-se um farsante e mentiroso pelas declarações prestadas, enquanto deputado federal, no programa do Jô Soares.

Naquela ocasião, Bolsonaro pressionou o comediante, de forma leviana, para ser entrevistado:
“Eu te desafio. Me convide para o teu programa. Você não é isento? Pode ter a certeza que não teremos baixaria. É para te dar a resposta que você merece. Você, na verdade, é um grande embusteiro. Você não tem colhão para me convidar”, desafiou Bolsonaro na época (1).

Então foi chamado ao programa e disse que FHC tinha que ser fuzilado por vender estatais e áreas petrolíferas (1).

Entretanto agora Bolsonaro, como presidente, faz igual ou pior que FHC, já que  anuncia a venda dos Correios, já vendeu a BR Distribuidora; anunciou a venda de metade das refinarias e agenda a venda da Cessão Onerosa do pré-sal, que possui mais de 15 BI de barris de petróleo (8,9).

O governo Bolsonaro espera arrecadar, com a venda da cessão Onerosa, segundo a imprensa, R$ 106 BI (2).  Considerando o preço de US$ 50 o barril a Cessão Onerosa vale, no mínimo, US$ 800 bilhões. Ou é burrice do governo Bolsonaro ou roubalheira!   

A Petrobrás também vendeu, e com aval da TCU, seu gasoduto do Sudeste (NTS), o mais lucrativo e estratégico, pois serve à região mais rica do país. Depois dessa venda a Petrobrás já gastou, só em aluguel, nesse mesmo gasoduto, em três meses, um sexto do que recebeu pela venda da NTS, ou seja, vai gastar assim tudo que recebeu em 18 meses (3). 

Isso quer dizer que a Petrobrás, com dinheiro público, investe pesado para construir o duto, que a iniciativa privada não quer construir, pois pode “comprar” da Petrobrás a preço de banana, como o da NTS. 
Pior é saber que o TCU avalizou, como positivo, o negócio. A Petrobrás agora,  além de pagar, vai entrar na fila com os concorrentes para utilizar o duto que era seu.

O STF agora se junta ao TCU e autoriza a venda de estatais subsidiárias sem aval do Legislativo e sem licitação (5). Considerando os “negócios” feitos como a venda da NTS e o anunciada venda do pré-sal, não tenho dúvida de que estamos diante de uma grande maracutaia, ou seja, algum desses magnânimos ministros do STF ou do TCU venderia uma frota de BMW sua a preço de um único fusquinha?   

O governo Bolsonaro e a Justiça são coniventes tanto no roubo na Petrobrás, como também no assalto aos petroleiros, pois os petroleiros, ativos e aposentados, estão pagando por conta de um rombo na Petros, com 13% de seus salários, por 18 anos, sem nunca terem sido gestores da Petros. E as direções da Petrobrás e da Petros dizem que podem surgir novos rombos, que também serão pagos pelos mesmos petroleiros.  

No entanto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que realmente deu rombo de R$ 1 bilhão nos fundos de pensão das estatais,  nada está pagando (6).

E a Lava Jato prendeu mais de 22 pessoas, por suspeita de superfaturamento, na obra de construção da sede da Petrobrás na Bahia, com dinheiro da Petros (7).

Inclusive, membros do MP, ligados à Lava Jato, no ato das prisões na Bahia, com declarações, demonstraram preocupação com dinheiro da Petros, de onde sai o pagamento de aposentadorias e pensões dos petroleiros. Porém o Paulo Guedes, que deu rombo na Petros, não está pagando e nem foi preso!  

E a Lava Jato, só pode ser como deboche que fez o filme: Polícia Federal – A lei é Para Todos!  

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 Rio de Janeiro, 06 de agosto de 2019. 

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 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese.

 Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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