por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=gzqiyQOfZ5A

Rodrigo Amorim, do PSL, foi o deputado estadual mais votado
no Rio de janeiro. Ele, em campanha, rasgou a placa de rua em homenagem a
Marielle Franco, isso ao lado do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
Rodrigo e o governador Witzel têm mais algo em comum.
Enquanto o governador, mentindo, disse em seu currículo que era formado em
Harvard, nos EUA, também no currículo de Rodrigo Amorim ele diz que é membro
permanente da mesa no Mercosul, entretanto o blog do Berta consultou o
Itamaraty que respondeu:
“Desconhecemos a existência de mesa permanente no âmbito do
Mercosul. Existe, no âmbito do Parlasul, uma mesa diretora que pode ter entre
seus ocupantes deputados federais ou senadores” (1,2).
A vereadora do Psol, Marielle Franco, assassinada
covardemente ao lado de seu motorista, Anderson Gomes, virou símbolo
no Brasil e no mundo na defesa dos direitos humanos.
Sabe-se que ela foi assassinada por milicianos, que se
sentiam ameaçados pela prática politica de Marielle na favelas.
Na semana da sua morte, Marielle esteve em Acari, uma das
favelas mais violentas do Rio de Janeiro, a convite do “Coletivo Fala AKari” de
mães de moradores que se sentiam ameaçados por policiais (3).
Enquanto Marielle caminhava na linha da dignidade, o que
marcou a sua vida parlamentar, Rodrigo Amorim pautava sua vida na picaretagem e
esconde que já trabalhou com o PT.
“Apesar de hoje se dizer um feroz combatente do petismo, ele
foi procurador autárquico do município, entre 2005 e 2009, na gestão de um
prefeito do PT, Godofredo Pinto.
Seu currículo, disponível no site
da Alerj, até enumera alguns de seus feitos no setor público. Mas as
passagens pelas prefeituras de duas cidades foram ignoradas” (1).
O deputado Rodrigo Amorim, por duas vezes, teve dois cargos
comissionados no estado do Rio, em Teresópolis, Nova Iguaçu e no município do
Rio de Janeiro (1).
Rodrigo Amorim, junto com outras pessoas, foi fundador da ONG
Instituto Terceiro Setor – Método, Pesquisa, Projetos e Desenvolvimento.
A ONG se especializou em terceirização e teve vários
contratos, por exemplo em Niterói. Ou seja, ele como procurador do município de
Niterói e sua ONG prestando serviço ao mesmo município, o que é irregular (1).
Em novembro de 2006, Amorim chegou a ser nomeado como membro
da Comissão Permanente de Licitação da FMS (1). Adivinha como sua ONG conseguia
os contratos?
Sua ONG responde a processos na Justiça em vários municípios,
em Niterói, Nova Iguaçu e Queimados. A ONG responde também por sonegação
de contribuições previdenciárias e contribuições devidas a terceiros (1).
Tudo isso Rodrigo Amorim fez antes de ser eleito deputado e
grande parte disso ele esconde de seu currículo, talvez por isso tenha tido
votação tão expressiva.
Rodrigo Amorim vive cercado de seguranças e tem como projeto
acabar com o já consagrado sistema de cotas e dar a medalha Tiradentes ao
ex-deputado e atual senador Flavio Bolsonaro.
Numa seção da Alerj, em que estava presente o deputado
Rodrigo Amorim, o auge ocorreu quando ele subiu ao púlpito e, entre gritos
de “Marielle, presente”, pegou uma bandeira e bradou “Flávio Bolsonaro,
presente” (1).
Pergunta que não quer calar: Cadê a comissão de ética da
Alerj?
Será que os deputados acham normal o deputado rasgar a placa
de rua, um patrimônio público, de Marielle Franco, uma vereadora que tem o
reconhecimento no Brasil e no mundo?
E quanto ao fato de Rodrigo ter vários processos na justiça
envolvendo dinheiro público e ainda mentir em seu curriculum na Alerj?
Rio de Janeiro, 31 de maio de 2019.
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indústria naval: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros,
da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do
Dieese.
Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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