por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=KNjotdr7IKw

A principal delas é jogar os brasileiros numa guerra para
facilitar que os EUA roubem o petróleo da Venezuela. O mundo todo já sabe que
os EUA só querem invadir a Venezuela porque ela detém a maior reserva de
petróleo do Planeta, passando a Arábia Saudita (8).
Já em 2002, de olho no petróleo venezuelano, os
EUA patrocinaram um golpe contra Hugo Chávez, que durou 47 horas (1). Chávez
voltou triunfalmente nos braços do povo e os golpistas, alguns foram presos, e
outros fugiram para Miami.
Chávez governou a Venezuela por 14 anos, de 1999 a 2013.
Nenhum presidente se submeteu mais às urnas do que Hugo Chávez.
Entretanto, como desculpa para atacar a Venezuela, os EUA
o chamavam de ditador, o mesmo que fazem agora com Nicolás Maduro.
Os EUA, de forma triunfalista, já falavam em guerra nas
estrelas, quando em 2001, no fatídico 11 de setembro, meia dúzia de árabes
colocou os EUA de joelhos. Infelizmente com isso mataram vários inocentes, pois
com aviões comerciais botaram abaixo as Torres Gêmeas, atacaram o Pentágono
e um avião foi posto abaixo porque tinha como destino provável a casa Branca
(5).
Bush, em 2003, invadiu o Iraque, mesmo contra resolução do
Conselho de Segurança da ONU (9). Bush alegava que o Iraque possuía armas de
destruição em massa e por isso tinha que ser invadido para o mundo dormir
tranquilo.
Quando, na verdade, o pano de fundo da guerra era o petróleo,
já que o Iraque possuía grandes reservas, 115 bilhões de barris, uma das
maiores reserva de petróleo do mundo.
Assim o mundo assistiu, ao vivo, para mostrar o poderio
americano, a uma chuva de bombas contra o Iraque, quando milhares de homens,
crianças e mulheres morreram nesse ataque criminoso. Essa carnificina não
mereceu destaque da imprensa mundial, muito menos o fato de não serem
encontradas as armas de destruição em massa, argumento usado para invadir.
Adivinhe quem agora controla o petróleo do Iraque, após
a invasão criminosa! Pois é, não é o povo iraquiano, mas sim a Halliburton,
americana, cujo presidente é Dick Cheney (6,7)!
Coincidentemente, está disputando o Oscar, com 8
indicações, o filme Vice, que conta a história, na versão americana, claro, do
vice presidente Dick Cheney, que governou os EUA junto com George W
Bush. Entre outras farsas, o filme diz que o mundo não poderia dormir tranquilo
sem ação de Bush e de Cheney (3).
Praticamente as mesmas forças, que apoiaram Bush no Iraque,
apoiam Donald Trump na Venezuela, a única novidade é o Brasil, que sempre teve
uma posição cautelosa e de negociação, agora se apresenta como protagonista do
possível golpe na Venezuela.
Caso haja invasão, cuja ameaça não é coisa nova, vale lembrar
que a Venezuela, há várias décadas, se prepara para uma guerra e agora ainda
conta com apoio da Rússia e China, o que torna uma invasão mais complicada.
O poeta Bertold Brecht explica, em um poema, a
ação dos árabes, que os EUA chamam de “terrorista”: "Do
rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas as
margens que o comprimem. "
Até quando Bolsonaro vai apoiar as cagadas de Donald
Trump?
8 -
https://www.istoedinheiro.com.br/noticias/investidores/20110119/venezuela-tem-maior-reserva-petroleo-mundo/62946
9
- https://www.estadao.com.br/noticias/geral,invasao-do-iraque-sem-autorizacao-da-onu-foi-um-erro,484948
Rio de Janeiro, 09 de fevereiro de 2019.
Em tempo: O meu livro A outra face de Sergio Moro está a
venda no Mercado Livre, cuja a renda é integralmente para os demitidos da
indústria naval: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros,
da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do
Dieese.
Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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