por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=dHONvdtDSn4
A Lava Jato conquistou a sociedade com o combate à corrupção.
Pessoas famosas foram presas e dinheiro de corrupção voltou aos cofres da
Petrobrás. Essa é a parte 1 da Lava Jato. Aliás, virou até filme: “Polícia
Federal, a Lei é para Todos”
Já a parte 2 da Lava Jato é escondida a sete chaves pelos
mesmos que a endeusaram: Justiça, mídia, principalmente a Globo, e Congresso
nacional.
Vale lembrar que esse mote do combate à corrupção no Brasil
não é coisa nova, pois foi usada contra Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek e
agora contra Lula (1,2).
Na verdade, todos somos contra a corrupção, até os corruptos
levantam essa bandeira, mas o fato é que nada ficou provado contra Getúlio,
Juscelino nem Lula. Os seus críticos nunca apresentaram uma
prova material sequer contra nenhum dos três.
Mas o filme, que você não vai ver da Lava Jato, tem como
principal protagonista MiShell Temer. Temer já foi denunciado duas vezes por
corrupção e está indo para a terceira denúncia (3).
Mas mesmo com esse currículo, MiShell Temer articulou e
aprovou no Congresso nacional uma lei que isenta as petroleiras em um trilhão
em impostos. A mais beneficiada foi a Shell, e a Lava Jato, que investiga a
área de petróleo, omitiu-se (10).
Lembrando que a Lava Jato investigou a Transposição do Rio
São Francisco, a Eletronuclear e até a morte do prefeito petista, Celso Daniel
de Santo André, mas a isenção criminosa e trilionária para as petroleiras
estrangeiras a Lava Jato fingiu que não viu (4,5,6).
O tucano Aécio Neves mereceria destaque nesse filme que
escondem da sociedade: Aécio é recordista em denúncias na Lava Jato. Livre e
candidato eleito para deputado federal em Minas Gerais, Aécio, como deboche,
ainda cobra arrependimento de Lula (7).
Contra Aécio Neves ainda existe uma gravação de domínio
público do dono da JBS, onde ele pede R$ 2 milhões em propina e ameaça de morte
quem o delatar. A cena da entrega da mala foi filmada pela PF e MiShell Temer
também está na gravação dizendo: “Tem que manter isso aí, viu?” (8,9).
Outra parte que deveria constar do filme, que você nunca vai
ver, é a do tucano Pedro Lalau Parente. Chamo de Pedro Lalau porque este senhor
é réu desde 2001, na venda criminosa de ativos da Petrobrás, quando já dava
rombo de R$ 5 BI à Companhia (11).
A Lava Jato deveria impedir a posse de Pedro lalau na
presidência da Petrobrás! Mas a Lava Jato não só permitiu como fez mais: a Lava
Jato também se omitiu criminosamente quando a Petrobrás pagou, ao banco JP
Morgan, R$ 2 BI, de um empréstimo que só venceria em 2022. Pasmem! Pedro Lalau
parente é sócio do banco.
Mas, antes que perguntem, respondo que, enquanto petroleiro e
dirigente sindical, não fiquei calado: em novembro de 2016, denunciei ao MPF a
omissão da Lava Jato em relação à gestão criminosa dos tucanos FHC e Pedro
Lalau Parente na Petrobrás. Até hoje sem resposta. Veja denúncia na íntegra
(12).
O MPF não respondeu à denúncia, entretanto, a pedido do juiz
Sergio Moro, intimou-me duas vezes em um ano acusando-me de “possíveis crimes
contra a honra do juiz Sergio Moro.” (13,14,15)
Creio que a parte 2 da história da Lava Jato deveria também
virar filme para conhecimento de todos!
Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2018.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros,
da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do
Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
Meus endereços eletrônicos:
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