por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=438nlaBkhiw
O clima de golpe na Petrobrás se manifestou quando a direção
do Sindipetro-RJ, em 14 Julho 2016, fez o enterro simbólico do tucano Pedro
Lalau Parente e de toda a sua diretoria (20). Isso em frente à empresa, no
Edifício Senado (Edisen), Centro do Rio.
Além do enterro, denunciei, enquanto diretor do
Sindipetro/RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros - FNP, formalmente, a
omissão da Lava Jato quanto à gestão criminosa dos tucanos FHC e Pedro Lalau
Parente, isso em novembro de 2016, até hoje sem resposta. Veja a íntegra da
denúncia (1).
A Partir daí, toda a diretoria do Sindipetro-RJ foi
interpelada por Pedro lalau Parente em dezembro de 2016 por um dos mais
renomado advogado criminais do Brasil, que é o Dr Nilo Batista (9).
Cheguei a fazer um livro, enquanto diretor do
Sindipetro-RJ e da FNP: A Outra Face de Sérgio Moro – Acobertando os tucanos e
Entregando a Petrobrás. Antes do lançamento do livro, fui intimado
pelo MPF, num claro intuito de cancelar o lançamento, mas o livro saiu.
Fui intimado duas vezes, em um ano, pelo MPF, a pedido do
juiz Sergio Moro, alegando que eu estaria ofendendo o funcionário publico juiz,
Sérgio Moro. Agora o MPF me ameaça por crime de calúnia. Estou aguardando a
sentença. Veja o teor das intimações (17 a 19).
Apesar dessa ação truculenta de Pedro Parente e da Lava
Jato contra o Sindipetro-RJ, as Federações, Associações e demais sindicatos de
petroleiros se calaram em relação à Lava Jato, basta ver seus boletins e
páginas eletrônicas.
O tucano Pedro Parente, mesmo sendo réu em ação que deu
um rombo bilionário na empresa em 2001, conseguiu assumir, com total omissão da
Lava Jato, a presidência da Petrobrás (2).
Enquanto os petroleiros aposentados e aposentados pagam em
seus contra cheques por um rombo que não fizeram, Pedro Lalau Parente, que deu
um rombo de R$ 5 BI a Petrobrás, além de não pagar o “Rombo”, ainda pune os
petroleiros.
Continuando acobertado pela Lava Jato, Pedro Lalau
Parente fez muito mais: “vendeu” o campo gigante de Carcará do
pré-sal ao preço de um refrigerante o barril de petróleo. Pedro Lalau Parente
também “vendeu” a petroquímica de Suape ao preço de 5 dias de faturamento (3 a
6).
Na gestão de Pedro Lalau, a direção da Petrobrás pagou
R$ 2 BI ao banco J.P. Morgan de um empréstimo que só venceria em 2022. Pasmem!
Pedro lalau é sócio do banco! (7,8)
Dizendo combater a corrupção, na verdade o resultado de
sua ação na “Petrobras é que ela vai pagar R$ 3,4 bi para encerrar
investigações sobre corrupção nos EUA” (14). Petrobrás já tinha pago R$ 10 BI
aos acionistas americanos e agora paga mais R$ 3,4 BI (15).
E agora vamos entregar aos acionistas holandeses outros
bilhões:
“A Petrobras confirmou nesta quarta (19) que a
Corte Distrital de Rotterdam decidiu favorável à ação coletiva (class action)
proposta pela Stichting Petrobras Compensation Foundation contra a companhia
brasileira e outros co-réus na Holanda, mas sem análise do mérito” (16).
Nessa entrega a acionistas americanos e holandeses,
fica a suspeição de conluio da Lava Jato com os EUA e contra o Brasil, quando
lembramos:
- A Lava Jato chamou os procuradores americanos para
investigar a Petrobrás e foi ela que permitiu a ida do larápio da Petrobrás, o
ex-diretor da companhia, Paulo Roberto Costa, para testemunhar em tribunais
americanos contra a Petrobrás (10,11).
- A Lava Jato sabe, tanto quanto os americanos que abocanham
nosso patrimônio, que a causa da queda das ações da Petrobrás não foi a
corrupção. Tanto que o valor das ações caíram para todas as petroleiras do
mundo, não só na Petrobrás.
A Shell, por exemplo, com a queda do preço do petróleo
em 2015 teve o maior prejuízo em 16 anos (11).
Essa queda foi uma manobra dos EUA, junto a Arábia
Saudita, que resultou numa maior oferta de petróleo no mercado internacional,
fazendo o barril de Petróleo despencar de cerca de US$ 100 para US$
25. Essa queda do preço do barril de petróleo, estimulada pelos EUA,
em 2015, foi para prejudicar seus desafetos politico os grandes produtores como principalmente, Irã,
Rússia, Venezuela e Brasil (12,13).
Resumindo, a tese dos tribunais americanos, alimentada
por Moro, é de que o motivo da queda do valor da ação da Petrobrás seria a corrupção
na Empresa, o que não é verdade, tanto que as ações de todas as petroleiras no
mundo caíram.
Enquanto isso, petroleiros da ativa, aposentados e
pensionistas estão pagando, em 18 anos, um rombo do fundo de pensão que,
segundo a Petros, é de R$ 27 BI. Muitos aposentados e pensionistas estão morrendo
por conta desse desconto, que chega a 13% do salário no contracheque.
Morrem
decepcionados com a direção da Petrobrás e da Petros, e muitos por não terem
dinheiro nem para comprar remédio.
O triste é constatar que a gestão desses petroleiros foi
responsável pelo desenvolvimento de tecnologia inédita no mundo que permitiu a
descoberta do pré-sal. O pré-sal garante o abastecimento de petróleo ao país no
mínimo nos próximos 50 anos. Por essa descoberta, a Petrobrás ganhou pela
terceira vez o prêmio da OTC, considerado o “Oscar” da Indústria do petróleo
(21).
Enquanto a Petrobrás é premiada no mundo pela
descoberta do pré-sal, os petroleiros no Brasil são castigados e vão
pagar por um rombo ou erro dos gestores, se é que
houve.
Fonte: 1 -
http://www.apn.org.br/w3/index.php/nacional/8685-petroleiro-protocola-denuncia-contra-operacao-lava-jato
12 -
https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/petrobras-vale-hoje-quase-sete-vezes-menos-que-no-auge-de-sua-cotacao-em-2008/
22 -
https://jornalggn.com.br/noticia/documentario-mostra-como-a-lava-jato-destruiu-a-economia-em-poucos-meses
Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2018.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros,
da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do
Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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