por Emanuel Cancella
Veja o vídeo
desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=fEvo1IGsUNY
Os rodoviários fazem greve no Rio por aumento
de 10% nos salários e fim da dupla função, entre outras reivindicações.
Afora juízes e procuradores, nenhuma categoria conseguiu
aumento de salário.
Os juízes nunca fizeram greve, ou melhor, os juízes federais
fizeram greve pela manutenção do imoral e ilegal auxílio moradia, aliás, muitos
juízes estão até recebendo o retroativo do auxílio moradia (1,2).
Lógico que, na greve dos juízes federais, não houve corte de
ponto, demissões, cassetete da polícia, bomba de gás e nem multa
estratosférica, como as que foram impostas pelo Judiciário aos caminhoneiros e
petroleiros. E muito menos a greve dos juízes foi considerada ilegal.
Imagine se quem julgasse a pauta e a legalidade das greves
dos juízes fosse a sociedade. Os togados iam perder de mais de 7X1.
É bom lembrar que 71% dos juízes recebem supersalários acima
do estabelecido pela Constituição Federal.
E mais, ministros do STF têm sala vip no aeroporto de
Brasília. A espécie de sala VIP tem custo anual de R$ 374,6 mil e foi
justificada como garantia à “Segurança dos Ministros” (4). Essa história
de sala VIP para o STF é para quem quer se esconder da sociedade. O
ministro Gilmar Mendes e o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima já foram
submetidos a teste de chão de fábrica. Gilmar foi saudado por uma chuva de
tomate e Lima foi hostilizado no avião (5,6).
Já os rodoviários na greve sofrem todo tipo de ameaça, como
de prisão, de porrada da polícia e, ainda dos próprios companheiros, quando
furam a greve. Os usuários também ameaçam os rodoviários. As
garagens dos ônibus, em dia de greve, viram um verdadeiro campo de batalha.
A sociedade precisa entrar no debate da greve dos
rodoviários, precisamos de motoristas e cobradores bem remunerados
para nos conduzir de forma, educada, segura e tranquila. A dupla
função dos rodoviários é uma ameaça a nossa segurança. É impossível um
motorista guiar o ônibus corretamente e cobrar a passagem ao mesmo tempo. Mas o
fato é que sem os ônibus a cidade para, já sem os juízes não se pode dizer a
mesma coisa.
Lógico que existem juízes e juízes, precisamos separar o joio
do trigo.
Mas, quanto aos rodoviários, não podemos nos esquecer de
valorizá-los, até porque, na vida, somos todos passageiros, menos os motoristas
e cobradores!
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http://nocaute.blog.br/old/brasil/gilmar-mendes-e-recebido-com-chuva-de-tomates-em-sp.html
Rio de Janeiro, 11 de junho de 2018.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros,
da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do
Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
Meus endereços eletrônicos:
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