por Emanuel Cancella
A Globo fez campanha no dia anterior da votação para presidente em favor
do tucano Aécio Neves. Isso quando reproduziu a mentira, vazada do Lava Jato,
publicada na capa de Veja, dizendo que Lula e Dilma sabiam da corrupção na
Petrobrás. Mesmo o TSE já tendo proibido a divulgação da revista Veja, por considerá-la
peça de campanha de Aécio Neves, a Globo levou ao ar a farsa.
A Globo, no governo de FHC, fez
campanha na mídia para privatizar a Petrobrás, comparando a empresa a um
paquiderme e chamando os petroleiros de marajás. A resposta da Petrobrás
e dos petroleiros veio em 2006, com o desenvolvimento de tecnologia inédita no
mundo e a descoberta do pré-sal.
A operação Lava Jato passa para a
sociedade a idéia de que combate a corrupção mas isso não é verdade, engana o povo,
com ajuda da mídia, pois se quisesse coibir corruptos também prenderia os
tucanos. Na verdade, a GLOBO, a Lava Jato e o PSDB fazem um complô para entrega
de nosso ouro negro, e para isso enfraquecem o governo Dilma e a Petrobras . O senador
José Serra, do PSDB/SP, é autor da PLS 131/15 que visa acabar com a lei Partilha,
criada no governo Lula e voltar a lei de concessão criada por FHC para entregar
o pré-sal à petroleira americana Chevron. Quando candidato à presidência, em
2009, Serra foi denunciado pelo Wikileaks, flagrado na troca de telegramas com
a executiva da petroleira americana. Serra perdeu a eleição e não pode cumprir
o prometido, agora tenta novamente entregar nosso pré-sal. O senador, pela
Constituição Federal, tem que zelar pelo interesse do estado que o elege, mas Serra
contraditoriamente defende os interesses dos estrangeiros.
O pré-sal já produz sozinho hum milhão
de barris de petróleo por dia, o suficiente para abastecer todos os países do
Mercosul. A Petrobrás ainda, com os impostos que paga, financia 80% das obras
do país, conhecida como PAC, e o Brasil é o segundo parque de obras do mundo só
perdendo para a China. A Petrobrás também responde por milhões de empregos
diretos e indiretos, aliás, que estão
sendo cancelados por conta da operação Lava Jato.
Milhares de trabalhadores já perderam
seus empregos e outros tantos vão perder porque o Lava Jato, não por acaso, é
contra os contratos de leniência, que permitiria que empresa investigada continue a operar
normalmente, enquanto os administradores continuam a responder na justiça, para
que não haja demissão de trabalhadores. Isso foi praticado nos EUA, na crise
econômica de 2008, país que além permitir que as empresas envolvidas continuassem
trabalhando, ainda injetou US$ 7 trilhões de dinheiro público em empresas
privadas, na ocasião, evitando desemprego e conservando também a imagem de suas
empresas como a GM e o Citybank. Aqui parece que se divertem jogando lama na
Petrobrás e desempregando trabalhadores.
Temos a certeza da ligação do PSDB com
a Globo quando ela dá o prêmio de personalidade do ano ao presidente do STF,
ministro Joaquim Barbosa, que comandou o mensalão e ao juiz Sérgio Moro, que
chefia a operação Lava Jato. Não por acaso, tanto no mensalão como na Lava Jato,
os tucanos não foram citados, julgados e condenados e no caso do mensalão o
agravante é que o mensalão do PSDB foi anterior ao do PT e o mais triste é que
o mensalão tucano está prescrevendo.
No caso do lava Jato, além dos
parlamentares tucanos, o governo de FHC também não foi investigado apesar das
inúmeras delações premiadas citando o governo de FHC na Petrobrás.
O grave é que a Globo é uma concessão pública
que não poderia estar a serviço de um partido. A Globo nunca
respeitou a lei brasileira, tanto que sonegou o Imposto de Renda da Copa do
mundo de 2002, tem conta na Suíça, no banco HSBC, para lavagem de
dinheiro e é a principal suspeita na corrupção na FIFA, já que monopolizou as
transmissões esportivas e seu sócio, dono da TV TEM, J. Hawilla, é reu confesso
no escândalo da FIFA, e já fez acordo com a justiça devolvendo mais de US$ 100
milhões.
É por isso que a Globo é contra a lei
que irá regular a mídia, pois jamais a sociedade vai concordar que uma emissora,
titular de uma concessão pública fique a
serviço de um partido como a Globo faz com o PSDB!
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Rio de Janeiro, 19 de setembro de
2015
OBS.: Artigo enviado para possível
publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros
órgãos de comunicação.
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