por Emanuel Cancella
A blindagem da operação Lava Jato, que
investiga a Petrobrás, aos políticos do PSDB leva o descrédito à Policia
Federal. Que o juiz Sérgio faça uma investigação seletiva, protegendo os
tucanos, isto já está claro para a sociedade, já que, até agora, nenhum tucano
citado, em delação premiada, na operação, foi chamado a depor ou preso, como os
ex-governadores mineiros, tucanos, Aécio Neves e Antonio Anastasia. Foram
citados e continuam livres, leves e soltos!
Moro ganhou o prêmio de personalidade
do ano da Globo. A mesma Globo que, para favorecer Aécio Neves, do PSDB,
divulgou, tendo como fonte a operação Lava Jato, no Jornal Nacional, a notícia
mentirosa da revista Veja, de que Dilma e Lula sabiam da corrupção na
Petrobrás. A Globo fez isso, e não é a primeira vez, depois do prazo permitido
pela lei eleitoral. A candidata Dilma não pôde nem se defender da calúnia no
momento da eleição.
A sociedade tem reagido à manipulação
da imprensa e, segundo a pesquisa CNT/MDA, a imprensa, incluindo a Globo, só
tem crédito com 13,2 % da população, e 21,2% nunca confiam no que ela publica.
Nessa pesquisa que também avaliou as instituições, colocou a igreja, sem
especificar a religião, com 53%, como a instituição em que o brasileiro mais
acredita, e a polícia aparece nessa pesquisa com 5% de aprovação.
Os policias federais deveriam dizer não
à manipulação da operação Lava Jato e usar o mesmo direito de recusa, prerrogativa por exemplo que foi usada pelos
policiais militares do Paraná, se recusando a espancar os professore(a)s na
manifestação de greve.
O juiz Moro está bem na fita, tem apoio incondicional da
Globo, que cogita, para o juiz, até a presidência da República. Aliás, a Globo
deu o mesmo tratamento ao juiz presidente do STF, que comandou o julgamento do
mensalão da AP 470, Joaquim Barbosa. Os dois juízes têm em comum, além do apoio
incondicional da Globo, também é que ambos julgaram o mensalão, e, como agora, blindaram
totalmente os tucanos. E o mensalão tucano até agora nem foi julgado e os
crimes, não por acaso, estão prescrevendo.
É fundamental que a Polícia Federal se insurja contra esse tipo de
manipulação para resgatar sua credibilidade junto à população.
*Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos
Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro e da Federação Nacional dos Petroleiros
(FNP)
Rio de Janeiro, 24 de
julho de 2015
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