por Emanuel Cancella
Oposição,
com apoio da mídia, usa o argumento das pedaladas fiscais para tentar manter o
governo na defensiva. Falam como se o governo tivesse praticado um crime
lesa-pátria! Pedaladas são artifícios contábeis utilizados pelos governos para
atingir a meta fiscal.
Só
para se ter uma ideia da seriedade dos “Tribunais de Contas”, enquanto o
Tribunal de Contas da União acusa o governo Dilma de utilizar as pedaladas e o
Congresso, capitaneado pelo presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha,
ameaça discutir as pedaladas em plenário, as contas do governador Geraldo
Alckmin, de São Paulo, foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo em 90 minutos.
O tucano recebeu
tratamento brando, mesmo em temas controversos para o governo como a crise
hídrica, apesar de ressalvas de um dos conselheiros: "Será que alguém
precisa dizer que a falta d'água foi causada por atraso nas obras?",
questionou Roque Citadini. E mais, "O governo precisa explicar claramente
porque as metas não foram cumpridas", continuou. E aprovou mesmo sabendo
que, em 2014, o Estado de São Paulo teve
receitas de R$ 185,3 bilhões e despesas de R$ 185,6 bilhões --déficit de R$ 355
milhões (-0,19%), indicativo em queda desde 2011.
O último governo a ser acusado de
utilizar as pedaladas foi O presidente Getulio Vargas em 1937.
Para tornar mais ridículo o episódio
das “Pedaladas”, o autor da denúncia,
Augusto Nardes, foi indicado pelo ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcante,
de triste lembranças para os brasileiros. Na ocasião, Augusto Nardes foi
contra-indiciado pelo presidente do órgão Adylson Motta pelo seguinte motivo
alegado...“à inobservância do requisito constitucional da reputação ilibada
e idoneidade moral”. Nardes era processado – respondia ao Inquérito 1827-9
– crime eleitoral, peculato e concussão e doação de campanha eleitoral.
As pedaladas de Dilma, que não são
aquelas que ela dá em torno do Palácio do Planalto para manter a forma física,
foram usadas por Dilma principalmente para viabilizar projetos sociais como
“minha casa minha vida”. Com essa
denúncia vazia a mídia e a oposição caíram do cavalo ou melhor da bicicleta!
Emanuel Cancella é coordenador do
Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Rio de Janeiro, 19 de junho de 2015
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