por Emanuel Cancella
Segundo relato da jornalista,
Tereza Cruvinel, na manhã desta quarta feira, 10/6, com apoio do ministro de Minas
e Energia, Eduardo Braga, do PMDB, e do líder do governo, senador Delcídio Amaral,
do PT, a Comissão de Minas e Energia da Câmara, presidida pelo deputado
Rodrigo de Castro (PSDB/MG), tentará aprovar o PL 4973/13.
Há ainda outro projeto,
propondo as mesmas alterações, de autoria do deputado Domingos Savio (PSDB-MG),
e o do senador José Serra (PSDB-SP), que aguarda emendas e parecer do
relator. É preciso que a sociedade conheça um pouco da geopolítica
brasileira do petróleo.
No
governo de Fernando Henrique Cardoso – FHC, na década de 90, eles tentaram
mudar o nome da empresa para Petrobrax, com a finalidade de esvaziar sentimento
do povo brasileiro com a empresa. Tentaram privatizar a Petrobrás e quebrar o
monopólio do petróleo.
Esbarraram
na maior greve da categoria petroleira, de 32 dias, quando tivemos 100
demissões e pagamos multa de 100 mil reais por dia, por sindicato, mas barramos
o projeto entreguista de FHC. Não destruíram a empresa, mas infelizmente
conseguiram quebrar o monopólio.
Logo
depois, como não conseguiram privatizar a companhia como um todo, ainda
dividiram-na em Unidades de Negócios, para vendê-la fatiada. Só conseguiram
vender 30% da REFAP (refinaria do Sul), entretanto, no governo Lula, a REFAP
voltou a ser 100% Petrobrás.
FHC
e o PSDB, em sua saga entreguista, criaram também o REPETRO, que isentava
de impostos os equipamentos importados da indústria do petróleo, o que
acarretou a quebra da indústria nacional desses equipamentos.
FHC
fez mais, acabou com a indústria naval brasileira, que na época era a maior de
nosso continente, alegando que o custo no exterior era menor. Com isso deixaram
de investir no país e foram fazer negócios no estrangeiro. União, estados e
municípios deixaram de arrecadar impostos, os brasileiros perderam seus empregos
e a indústria naval foi destruída.
Com
certeza, se dependesse dos tucanos, a festa da descoberta do pré-sal seria no
Texas ou em algum país europeu. Na verdade, FHC queria mesmo era destruir a
Petrobrás.
Os
Governos de Lula e Dilma retomaram a indústria do petróleo, reergueram a
indústria naval, e descobriram o pré-sal, colocando a Petrobrás como uma das
maiores petroleiras do mundo. Mas os tucanos não desistem nunca, pois continuam
tentando destruir a Petrobras.
Quando
candidato a presidente em 2009, José Serra prometeu a Chevron americana, que,
caso eleito, mudaria as regras do pré-sal. O Wikileaks denunciou o telegrama
com esse teor e a Folha publicou em 13/10/10...
"Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas
de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo
antigo funcionava... E nós mudaremos de volta", disse Serra a Patrícia
Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da
petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama...”
A
lei 12.351/10, lei da Partilha, criada pelo governo Lula, estabelece que a
Petrobrás seja operadora de todos os campos do pré-sal, e que terá uma
participação mínima, na quantidade de óleo, de 30% no campo. E ainda, que a
União continuará, mesmo na Partilha, a ser proprietária de todo o óleo, ou
seja, diferente da lei de concessão de FHC, a empresa que arrematava a área
virava dono de todo petróleo.
Outro
conceito da Lei é o Conteúdo Local que é a garantia de que a indústria nacional
vai fornecer grande parte dos equipamentos usados na indústria do petróleo.
A
Petrobrás, operadora de todos os campos do pré-sal, significa:
-
Dar garantias ao Brasil do controle da produção. Assim poderemos monitorar o
volume de petróleo produzido, até porque parte desse óleo vai financiar a saúde
e educação, com 75% dos royalties para educação e 25% para a saúde, e ainda 50%
do Fundo Social do Pré-Sal, para os dois. Isso fará uma revolução nesses
setores;
-
Viabilizar a aplicação das normas de Saúde, Meio Ambiente e Segurança – SMS,
com o intuito de minimizar a ocorrência de todo tipo de acidente.
-
Controlar a compra de equipamentos e de contratação de serviços que, aliada ao
Conteúdo Local, irá gerar o que chamamos de “ Círculo Virtuoso da
Economia”, com a indústria brasileira contratando milhares de trabalhadores com
empregos e salários de qualidade, e a União, estados e municípios arrecadando
impostos.
O cidadão comum chega a duvidar que um partido e que políticos
que se elegem dizendo que defenderão o país, se proponham a praticar essa
traição contra o povo brasileiro. O PSDB está acostumado com esse tipo de negócios.
Segundo A Folha, compraram com muita grana os votos para a reeleição de FHC. O
livro “A privataria Tucana”, de Amaury
Ribeiro Junior , mostra a lama que foi a venda de nossas estatais. E agora
muita grana vai rolar para esses lesa-pátria entregarem nosso petróleo.
OBS.: Artigo enviado
para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época
entre outros órgãos de comunicação.
Rio de Janeiro, 09 de
junho de 2015
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