sábado, 28 de março de 2020

O petroleiro das plataformas e de Urucu, independente de Corona, faz confinamento de 14 dias todo mês!


por Emanuel Cancella

Como matar uma indústria com leis de reserva de mercado | EXAME

Temos que agradecer muito aos profissionais de saúde, da segurança pública, aos garis os caminhoneiros etc.

E essas categorias de trabalhadores têm sido muito bem lembradas pela mídia, principalmente a Globo.

Mas a mídia, principalmente a Globo, não fala no petroleiro. Homens e mulheres que trabalham nas plataformas e no meio da floresta amazônica, na província de Urucu, longe de casa da familia e dos filhos, no regime de 14 dias trabalhados por 21 de folga, com jornada diária de 12 horas.  

De forma geral os petroleiros trabalham nas refinarias nos terminais nas áreas operacionais ininterruptamente, o ano todo, no Natal, ano novo, carnaval, faça chuva, faça sol, inclusive nas calamidades como agora com o Coronavírus.

O fato é que, em 66 anos de existência da Petrobrás, nunca faltaram, em nenhum local do país, derivados de petróleo, principalmente o gás, a gasolina e o diesel. E os petroleiros no governo Lula ainda desenvolveram tecnologia inédita no mundo que permitiu a descoberta do pré-sal.

E a mídia, principalmente a Globo, falou no pré-sal em 2015 mesmo ano em que, nos EUA, em Houston, a Petrobrás e os petroleiros ganhavam, pela 3ª vez, o prêmio OTC, equivalente ao “Oscar” da Indústria do petróleo (3).  Veja o que disse a Globo em editorial em dezembro de 2015: “O pré-sal pode ser patrimônio inútil” (2).

A Globo falou também na Petrobrás, no governo de FHC, na tentativa frustrada de privatização da Petrobrás comparando a Petrobrás a um paquiderme e chamando os petroleiros de marajás.

De novo também tentando desmoralizar a empresa para entregá-la mais barato, a Globo através da Lava Jato manipulava a sociedade veiculando denúncias contra a Petrobrás, acusando principalmente os petistas, como no caso de Lula, sem provas,  mas com convicção.

Tanto que a Lava Jato e a Globo agora se omitem em relação a Paulo Guedes, que tanto prejudica a Petrobrás, entregando-a,  e atacando os petroleiros.

Paulo Guedes, era só assessor de Bolsonaro,  quando roubou os fundos de pensão das estatais, inclusive a Petros, mas mesmo assim conseguiu ser promovido por Bolsonaro a ministro da Economia. Claro que contou com a omissão criminosa da Lava Jato, chefiada pelo juiz Sergio Moro, que investiga a Petrobrás, e a Operação Greenfield, que investiga os fundos de pensão das estatais,

Paulo Guedes montou uma quadrilha com seu assessor, Esteves Colnago e outros, que arrombaram os fundos de pensão das estatais, inclusive a Petros, num total de R$ 6.5 BI (4,5).

E os petroleiros, mesmo tendo desenvolvido tecnologia inédita no mundo, que resultou na descoberta do pré-sal, são castigados.

Pois estes trabalhadores, ativos e aposentados, ao invés de prêmio, estão pagando com no mínimo 13% de seus salários e por 18 anos, por um rombo na Petros. Pasmem, a direção da Petrobrás e da Petros ainda querem estender o pagamento do rombo, ao invés de 18 anos, em vitalício.

O absurdo é que esses petroleiros nunca foram gestores da Petros e nem houve auditoria que pudesse comprovar esse rombo.

Mais o mais importante é que os petroleiros honram a memória dos brasileiros que foram às ruas, na década de 40/50 na maior campanha cívica que este pais conheceu, que foi  “O petróleo é nosso! , que resultou na criação da Petrobrás.


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Rio de Janeiro 28 de março  de 2020.

Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em:
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OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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