segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Com a greve vamos impedir o desmonte da Petrobrás e barrar o roubo nos salários dos petroleiros!


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=48K8eQ2OOiI
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 Temos que pautar a reintegração dos 600 demitidos da BR Distribuidora; temos que reintegrar demitidos da Cedae,  da Casa da Moeda, Correios, Eletrobrás etc e temos que criar a comissão de anistia por empresa!

Uma das lutas mais importante e dura que travei, enquanto diretor do Sindicato dos Petroleiros, no Rio, foi em 1992, pela reintegração dos demitidos de Collor de Mello. Foram 42 dias de ocupação na sede da Companhia, no Rio, com petroleiros de vários estados e apoio  de todos os sindicatos de petroleiros.

A direção da Petrobrás colocou os trabalhadores num chiqueirinho no térreo, dentro da sede da empresa. Nas madrugadas, no local, a temperatura era de um frigorífico e era proibido a esses trabalhadores ir ao banheiro. Teve até batalhão de choque da PM  espancando os petroleiros.

Mas foi com essa luta na sede da Empresa que reintegramos todos os demitidos de Collor na Petrobrás, cerca de 1000 trabalhadores. Esses trabalhadores voltaram à Empresa com todos os direitos. E, a  partir daí, foram anistiados petroleiros de todas as estatais.  

Os sindicatos dos petroleiros readmitiram também milhares de trabalhadores praticamente todos das extintas Interbrás e Petromisa.
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Já na greve na década de 90, contra a Privataria Tucana, foram os aposentados da Petrobrás que sustentaram financeiramente nossos sindicatos. Na época, o TST estabeleceu multa de R$ 100 mil reais por dia de greve e por sindicato. A nossa federação então decidiu zerar o desconto sindical para fugir do confisco do TST. Nessa hora os aposentados nos salvaram.

No momento atual, a greve tem que lutar pelo retorno dos trabalhadores da BR Distribuidora e pelo restabelecimento do salário daqueles que tiveram que optar pela redução para não perder o emprego.

Não dá para aceitar também que aposentados e ativos estejam sendo descontados, no mínimo em 13% dos salários, e por 18 anos. Isso sem esses petroleiros nunca terem sidos gestores da Petros e sem uma auditoria que comprove o rombo. 

E as direções da Petrobrás e da Petros ainda dizem que, se novos rombos aparecerem, serão descontados também dos mesmos petroleiros.

Vamos restabelecer o lema da greve que derrotou a Privataria Tucana: “
Somos todos petroleiros e mexeu com meu companheiro mexeu comigo!”


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Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 2020. 

Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: 
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1. 

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação. 

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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