sábado, 14 de dezembro de 2019

O fato de Moro não ter conseguido a carteira da OAB não lhe dá o direito de desrespeitá-la!


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=hc4pnCw1IVQ


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"Preste o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil", diz advogado a Sérgio Moro (17)

Moro e Dallagnol foram autores das dez medidas contra a corrupção, mas queriam deixar de fora o crime de responsabilidade de juízes e procuradores ou seja, eles próprios. (1). E seguem assim, usam a fama que ganharam com o engodo do combate à corrupção para se protegerem, perseguir desafetos e blindar aliados. E sempre contra o povo pobre e sacrificado.

Na tentativa de agradar a população abastada, o pacote anticrime de Moro, em que ele propõe a excludente de ilicitude, o que, na visão de muitos juristas, faria aumentar a violência policial (2). Como se já não bastasse o ataque a diretos humanos que já ocorre impunemente no Brasil.
Vejamos o caso Paraisópolis, onde oito meninos foram mortos num baile funk pela polícia (3). 

Creio que a atuação estapafúrdia dos policiais nas favelas se dá muito mais por culpa dos governantes que incentivam a violência contra os pobres e negros, como no caso do Rio de Janeiro, onde o governador Witzel propõe o uso de “Sniper”, atiradores de elite, nos bairros pobres (4). Sem contar que Bolsonaro ainda libera a venda de armas.  

Se Moro, no seu pacote anticrime, queria também aprovar a prisão em segunda instância, contrariando cláusula pétrea da Constituição Federal, entretanto ele não prende nem em primeira instância seus aliados, mesmo diante de indícios gritantes, como é o caso dos tucanos FHC, Aécio Neves, Pedro Parente.

FHC comprou votos para a própria reeleição e é o pai da “Privataria Tucana”, que virou até livro, tal o tamanho do roubo (5,6).

FHC mesmo sendo o comandante máximo da corrupção na Petrobrás, sendo que, em muitas das roubalheiras na Empresa, envolveu até o próprio filho, continua incólume, pois contou, na Petrobrás, com a proteção hercúlea do juiz Sergio Moro, que nem sequer o investigou, apesar das inúmeras denúncias e das provas gritantes contra ele (7,8).

O tucano, Aécio Neves é recordistas em denuncias na Lava Jato, e continua livre leve e solto (19).   

Já o tucano Pedro Parente é réu, desde 2001, quando dava rombo de R$ 5 BI na Petrobrás (11). Mesmo assim a Lava Jato permitiu seu retorno à Petrobrás, nomeado pelo golpista Michel Temer. Pedro Parente assim “vendeu” sem licitação, para quem queria e pelo valor que ele mesmo determinava, ativos da Companhia.

 Entre os bens valiosíssimos e estratégicos, como o campo gigante do pré-sal de Carcará, a preço de um refrigerante o barril, e a Petroquímica de Suape, pelo valor de 5 dias de faturamento (9,10). A Lava Jato também fez que não viu.

E agora o ministro da Justiça acoberta o clã Bolsonaro nos casos explosivos como o do Queiroz, que depositou milhões nas contas do clã, inclusive depósito de R$ 24 mil na conta da primeira dama, Michelle Bolsonaro (12.13). 

E o Itaipu Gate, caso de corrupção envolve Bolsonaro, o PSL, o senador major Olímpio e empresa da família de Bolsonaro (14,15), segue escondido. Sem falar no envolvimento do clã Bolsonaro com as milícias que já corre o mundo só aqui no Brasil que a justiça não fala nada (18).  

Mas se Moro nem investiga os tucanos e o clã Bolsonaro, quer prender seus desafetos políticos, os petistas, em segunda instância e sem provas, como foi o caso de Lula.

Os cabeças da Lava Jato, Moro e Dallagnol, envolvidos num mar de lamas citados no Intercepet Brasil, inclusive com áudios, levou o Conselho Nacional da OAB, por unanimidade, a pedir seus afastamentos de cargos públicos para que tivessem um julgamento imparcial e não usassem a máquina pública em proveito próprio (16).

Entretanto Moro e Dallagnol continuam em seus cargos públicos e os usam para fazer o que sempre fizeram: proteger os amigos e perseguir os inimigos políticos, pois na verdade o combate à corrupção foi só a estratégia usada para isso.

O fato de Moro não possuir a carteira da OAB, não o autoriza a desrespeitá-la! 

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Rio de Janeiro, 14 de dezembro de 2019.

Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: 
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OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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