domingo, 18 de agosto de 2019

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, se juntar o bicho foge!


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=u6WkfbWskZw


                                     Resultado de imagem para O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.

Martin Luther King, pastor protestante e senador negro americano é autor da frase: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”.
Ele lutou contra o racismo em seu país, nos EUA, onde o negro tinha que se levantar para dar lugar ao branco no ônibus e a polícia atirava contra os negros por motivos fúteis.

Em dois atentados anteriores, o reverendo Martin Luther King conseguiu escapar por pouco da morte, mas em 1968, Martin Luther King foi assassinado. Assim esse homem, que tanto se engajou pela igualdade de direitos nos Estados Unidos, nas décadas de 1950 e 1960, alcançou apenas os 39 anos de idade (1).

King morreu, mas sua luta não foi em vão. Muita coisa mudou nos EUA, inclusive em 2009 com a eleição do primeiro negro nos EUA, Barack Obama.
E hoje os seguidores de Luther King enfrentam Donald Trump, que representa as mesmas forças que assassinaram o reverendo negro.

Se, nos EUA, foi eleito Donald Trump; no Brasil elegemos Jair Bolsonaro, aliás, o estrategista de Trump e Bolsonaro foi o mesmo, Steve Bannon.

Steve Bannom é autor da frase: “a separação de pais e crianças imigrantes na fronteira foi uma solução muito humana” (2). Milhares de crianças cujos pais tentaram entrar nos EUA, por decisão de Trump, foram colocadas separadas dos pais em verdadeiros campos de concentração. Quarenta e nove delas são brasileiras.

Trump prioriza se apossar de reservas de petróleo alheias, já fez isso no Iraque, Líbia, tenta fazer na Síria, mas agora sua prioridade é o Brasil e a Venezuela.

E não é por acaso, já que Venezuela possui a maior reserva de petróleo no mundo passando a Arábia Saudita (4) e o Brasil descobriu a província do pré-sal, a maior descoberta de petróleo no mundo contemporâneo.   

O nosso presidente Jair Bolsonaro além de prometer fazer guerra com a Venezuela, para usurpar o petróleo em favor dos EUA, já pautou a entrega do nosso pré-sal, na chamada Cessão Onerosa, são mais de 15 BI de barris de petróleo.

Pelo menos Trump é nacionalista e a luta dele é para enriquecer os EUA. Entretanto Bolsonaro, além de entregar nossas riquezas, em seis meses de governo, encara denúncias como Queiroz, milícias e Itaipu.

Para conhecimento do caráter de Bolsonaro, ele, quando deputado, dizia querer fuzilar FHC pela privatização da Vale do Rio Doce e de nossas reservas petrolíferas. Entretanto o Bolsonaro presidente, através de seu ministro da Economia, Paulo Guedes,  diz que vai privatizar tudo (5,6).

Bolsonaro foi eleito porque o ex-juiz Sérgio Moro prendeu, sem provas, na véspera da eleição, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que era líder em todas as pesquisas de intenção de votos. Depois de eleito Bolsonaro  nomeou, como prêmio, Moro como ministro da Justiça e ainda prometeu a Moro a indicação para ministro do STF.

Eles tentam passar para a sociedade uma rusga entre Bolsonaro e Moro, mas é puro jogo de cena. Moro mantém blindado Bolsonaro nos escândalos do Queiroz, milícias e Itaipu e em contrapartida Moro continua garantidíssimo como indicado de Bolsonaro a ministro do STF.

O problema no Brasil é que Bolsonaro fará em quatro anos o país retroceder séculos:
- O trabalho no país já é análogo à escravidão, como no feudalismo, segundo o  livro de Leo Huberman, História da Riqueza do Homem, quando o homem trabalhava até morrer (7).
- Na educação e na saúde, a história não é diferente já que o deputado Jair Bolsonaro votou nas propostas do golpista Michel Temer, não só na reforma trabalhista, mas também na chamada PEC da Morte  (PEC 55/241), a que congela investimentos nas áreas sociais em 20 anos. Já no primeiro ano da vigência dessa lei, os pobres estão morrendo na porta dos hospitais públicos (8).  
Com Bolsonaro vale a máxima dos trabalhadores: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, se juntar o bicho foge”.

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Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2019. 

Em tempo: O meu livro A outra face de Sergio Moro está à venda no Mercado Livre, cuja renda é integralmente para os demitidos da indústria naval: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1. 

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese.

 Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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