por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=oPjS8qj2cfo
A Globo, em seu editorial de domingo, 20, destila ódio
contra a Petrobrás. Entendo a ira
global contra a Petrobrás, mãe do seu filho mais pródigo, o pré-sal. Já na
década de 90, a Globo comparava a Petrobrás a um “paquiderme” e chamava os
petroleiros de “marajás”, numa campanha que visava manchar a imagem da empresa.
Na ocasião, os petroleiros reagiram a essa farsa global e fomos, em passeata,
até o Jardim Botânico, sede da Globo, para protestar contra Roberto Marinho, mas
eles não desistiram.
A mais contundente resposta a essas difamações foi o pré-sal
que já produz mais de hum milhão de barris por dia, o suficiente para abastecer
juntos todos os países do MERCOSUL. Essa é uma resposta muito dura para a
empresa dos marinhos a Globo, sendo uma empresa decadente que vive a perder
audiência e a demitir jornalistas, sua principal mão de obra.
Um deles, talvez o mais brilhante, com certeza o mais probo,
Sidney Resende, que foi demitido pelo todo poderoso, Ali Kamel, chefe do jornalismo
da empresa, por postar em seu facebook a seguinte frase: “Se pesquisarmos
a quantidade de boçalidades escritas por jornalistas e ‘soluções’ que, quando
adotadas, deram errado, daria para construir um monumento maior do que as
pirâmides do Egito.
Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito.” Rezende
continuou: “O Governo acumula trapalhadas e elas precisam ser
noticiadas na dimensão precisa. Da mesma forma que os acertos também devem ser
publicados. E não são. Eles são escondidos. Para nós, jornalistas, não nos cabe
juízo de valor do que seria o certo no cumprimento do dever”.
A fama da Globo vai longe. Deu no New York Times: “Rede
Globo, a ‘TV irrealidade’ que ilude o Brasil”
A Petrobrás tem sido a principal vítima da Globo e seus erros
mostram uma incompetência que vai muito além da região do pré-sal, ela é
abissal, onde a luz do sol jamais chega, talvez essa escuridão dificulte
o entendimento da Globo. O Custo de produção do pré-sal é de US$
9/barril, dito em 2015 pela diretora da Petrobrás, Solange Guedes, em Houston,
na palestra para as multinacionais de petróleo e diante dos maiores especialistas
do mundo. Esse é um dos menores custos de produção no mundo, só
conseguido graças à alta produção dos poços do pré-sal.
Se a Globo faz campanha diuturnamente desclassificando a
Petrobrás, o mundo a exalta quando lhe concede, pela terceira vez, o principal
prêmio da indústria do petróleo, o OCT. Além de premiada, a Petrobrás foi a
empresa que conseguiu a maior capitalização da história do capitalismo, em
2010. E para que não falem que isso é coisa do passado, a Petrobrás, em 2015,
conseguiu vender, de forma relâmpago, US$ 2,5 Bi, em Nova York, com títulos que
só serão resgatados depois de cem anos. Esse sucesso incomoda!
Além
disso, a Petrobrás, depois de abastecer de derivados de petróleo o Brasil há
62 anos, ininterruptamente, participa em 13% do nosso PIB. E o pré-sal,
que a Globo de forma irresponsável chama de “patrimônio inútil”, vai garantir
nosso abastecimento no mínimo nos próximos 50 anos. E o petróleo continua a ser
a principal matriz energética no planeta.
Também é o petróleo, que a Globo trata como inútil, o centro
da maioria das guerras contemporâneas como no Iraque e Afeganistão. Além de
guerras, os EUA fazem todo tipo de artimanha como a tentativa de derrubada de
governos na Venezuela, onde se localiza a maior reserva de petróleo do planeta,
ultrapassando a Arábia Saudita, já que os últimos presidentes do país não têm
sido subservientes aos interesses yankees; como também no Brasil, onde está
havendo uma gigantesca conspiração contra o governo federal e a Petrobrás, e
para isso usam pessoas chamadas de “brasileiras”, como parte da mídia e
alguns deputados e senadores entreguistas.
Isso tudo é porque o EUA, para quem
não sabe, é o maior consumidor de hidrocarboneto da terra, entretanto só possui
petróleo para apenas os próximos três anos conspirando assim, em outros países,
para abocanhar o petróleo alheio.
A mídia, e principalmente a Globo, tenta fazer agora
com a Petrobrás o que fez com a Vale do Rio Doce, maior mineradora de
ferro do mundo, no governo de Fernando Henrique Cardoso, depreciando-a através
de campanhas sórdidas na mídia, para facilitar a sua venda, a Vale foi
vendida a preço irrisório. Com a Petrobrás, a campanha de privatização de FHC e
da mídia, principalmente da Globo, falhou!
Conseguimos barrar a privatização da
Petrobrás, nessa ocasião, década de 90, graças a maior greve de petroleiros da
história, de 32 dias, e o ato na porta da Globo. Será que teremos que voltar à
porta da Globo?
Em tempo, Inscreva-se
em meu canal e compartilhe o vídeo, o Twitter e o blog e, deixe um comentário.
Rio de Janeiro, 20 de dezembro de 2015
Em tempo: O meu livro
A outra face de Sergio Moro está à venda no Mercado Livre, cuja renda é
integralmente para os demitidos da indústria naval: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
OAB/RJ 75
300
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros
do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos
Petroleiros (FNP).
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo,
JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário