Bolsonaro se inspira em FHC quando criou a figura do
Engavetador Geral da República. Na ocasião, esse PGR agia como uma milícia,
pois engavetava todos as denúncias dos tucanos e seus aliados.
Na era FHC, a Polícia Federal não podia fazer grampos até
porque os telefones estavam cortados por falta de pagamento. Operações nem
pensar, já que os carros não andavam por falta de dinheiro para colocar
gasolina (8,9).
Os resultados de operações realizadas no governo de FHC
comprovam o que falo. Se com FHC, foram 48; em 12 anos do PT no Planalto, PF
fez 2.226 operações; (1)
Já Bolsonaro quer transformar em milícia todos os órgãos
públicos que o ameaçam, pessoalmente ou a seu clã.
“A decisão de Jair Bolsonaro de intervir na Polícia Federal
para blindar a família nas investigações sobre o caso Queiroz provocou
indignação entre os delegados. "Um pedido de demissão coletiva não está
descartado, caso Bolsonaro insista na investida", informa a jornalista Mônica
Bergamo” (2).
Não só na PF, pois a interferência de Bolsonaro gera crise e
ameaça de demissão também na Receita Federal. Seis subsecretários do órgão
ameaçam entregar seus cargos em efeito cascata, com outros chefes da alta
administração. O motivo: assim como na PF, Jair Bolsonaro ameaça fazer
indicações políticas em postos-chave para favorecer sua família (3).
Vamos também falar das Forças Armadas. Nos governos de FHC,
os recrutas eram mandados para casa por falta de dinheiro para o rancho, a refeição
deles. E agora, com Bolsonaro, não vai ser diferente, já que Presidente já fez
até o anúncio (4,5).
Não podemos esquecer que, nos governos do PT, o Brasil
construiu submarinos atômicos e adquiriu 36 caças suecos de última geração. Nos
governos do PT nunca faltou dinheiro para as Forças armadas nem para a Polícia
Federal (6,7).
Essas atitudes de Bolsonaro mostram sua “expertise” e que não
tem nada de psicopata. O problema é que, a cada momento, o próprio e seu clã se
envolvem num escândalo diferente, os quais exigem de Bolsonaro intervenção em
órgãos públicos para viabilizar a blindagem.
E a lista de picaretagem do clã cresce a cada dia: Queiroz,
milícia e agora Itaipu.
Bolsonaro assim já quer controlar a Polícia Federal, Receita
Federal e o PGR. Até nossas cagadas o mito quer controlar. Pergunta que não
quer calar: Quem vai dar um basta nas merdas diárias proferidas pelo
presidente?
Rio de Janeiro, 17 de agosto de 2019.
Em tempo: O meu livro A outra face de Sergio Moro está à
venda no Mercado Livre, cuja renda é integralmente para os demitidos da
indústria naval:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros,
da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do
Dieese.
Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
Meus endereços eletrônicos:
Me siga no twitter.com/Ecancella
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