por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=i5n6-xFt4l8
Moro e Dallagnol, cabeças da Lava Jato, continuam à margem da
lei, ao contrário de aceitarem a sugestão do Conselho da OAB:
“Este quadro recomenda que os envolvidos peçam afastamento
dos cargos públicos que ocupam, especialmente para que as investigações corram
sem qualquer suspeita", afirma a nota” (1).
A Lava Jato virou uma espécie de logomarca no combate à
corrupção, até porque o brasileiro apoia que todos os corruptos e corruptores,
independentemente de partido, vão para a cadeia, mas somente depois de julgados
em processo de amplo direito de defesa e, caso condenados.
Entretanto essa não foi por exemplo a situação do ex-presidente,
Luís Inácio Lula da Silva que foi preso sem provas, pelo chefe da Lava Jato, o
juiz Sérgio Moro, às vésperas da eleição, num claro intuito de beneficiar
Bolsonaro. Tanto que depois, sem nenhum acanhamento, Moro virou ministro da
Justiça de Bolsonaro.
Por conta desse episódio, o deputado Glauber Braga do Psol/RJ
chamou Moro de juiz ladrão por ele ter roubado a democracia (9).
Não tenhamos dúvida de que essa atitude de Moro e Dallagnol,
em se manter em seus cargos públicos, como se nada tivesse acontecido, é uma
ducha fria nos brasileiros que acreditavam nessas figuras e, no caso de Moro,
elevado a herói nacional.
Se nada temessem, afastar-se-iam e voltariam fortalecidos,
depois de um julgamento célere como aos quais assistimos, nos casos que
envolvem o PT. Na verdade, Moro e Dallagnol devem e temem, por isso não se
afastam!
No caso de Moro, muito pelo contrário, ele está fazendo
aquilo que o Conselho da OAB temia, ou seja, não se afastou e está
usando a máquina do Estado para atacar o PT, como defesa própria.
Foi assim foi na tentativa frustrada de transferir Lula para
presídio em São Paulo e a denúncia mentirosa do PT envolvido com o PCC, não por
acaso, o PCC controla esse presidio para onde a lava Jato queria levar
Lula.
Também no dia 12/08/19, a Polícia Federal, subordinada ao
ministro da Justiça, Sergio Moro, sem provas, só através de delação premiada,
também fez busca e apreensão no apartamento de Fernando Pimentel, ex-governador
do PT, em Minas Gerais.
Enquanto Fernando Pimentel é alvo permanente das visitas da
PF, sugiro até ao ex-governador Pimentel disponibilizar um quarto para hospedar
os policias, dada à frequência das visitas, e de fato contra o governador
petista não há qualquer crime, restando somente a pirotecnia dessas
operações, sempre quando se trata do PT (3).
Como disse anteriormente, a PF, numa dessas idas a Minas
Gerais, poderia visitar o ex-governador tucano Aécio Neves, recordista em
delação na Lava Jato e, como deboche, ainda cobra arrependimento de Lula (10).
Com cardápio extenso no mundo do crime que inclui até
tentativa de homicídio, sendo que a Justiça ainda possui gravação de Aécio
Neves pedindo R$ 2 milhões em propina a JBS e ameaçando de morte quem o delatar
(11).
Voltando à transferência de Lula, João Dória, governador de
São Paulo, aquele que, quando prefeito paulista, jogava água fria em mendigo
quem sabe para matar o povo de rua de frio, comentou a transferência de Lula:
“Terá a oportunidade de fazer algo que jamais fez na vida: trabalhar! (6,12)"
Lula trabalhou duro e levou nossa economia ao 6º lugar no
mundo passando a Inglaterra (4). Lula não só trabalhou como, em seu governo, de
forma inédita, atingimos o pleno emprego no país (5).
Apesar de não concordar com o escritor Olavo de Carvalho,
muito menos no caso de seu pedido de fechamento do STF, por ser coisa de
ditadura, lembrei-me dos termos que ele usou: "o expurgo dos 11 cães que
estão no STF” (7).
Assim digo que, uma forma de afastar Moro e Dallagnol de
cargo público, é chamar para recolhê-los a carrocinha de cachorros. Que me
perdoem os cachorros!
Essa minha ideia não é inédita, já o saudoso e brilhante
advogado Sobral Pinto usou os direitos dos animais para defender, na ditadura
militar, o comunista Luiz Carlos Prestes. Segundo Sobral, a ditadura não
dispensava a Prestes nem o direito estabelecido aos animais
(8)!
Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2019.
Em tempo: O meu livro A outra face de Sergio Moro está à
venda no Mercado Livre, cuja renda é integralmente para os demitidos da
indústria naval:
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Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros,
da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do
Dieese.
Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
Meus endereços eletrônicos:
Me siga no twitter.com/Ecancella
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