quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Juristas como Carmem Lúcia, Raquel Dodge e Rosa Weber ninguém merece!


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=lYn9jQZ1Gd0

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O Brasil elegeu e reelegeu, pela primeira vez, uma mulher presidenta, Dilma Rousseff. Mas o machismo, a misoginia o preconceito falaram mais alto. Dilma foi vítima de um impeachment cuja motivação, “pedaladas”, nunca existiu, quem  afirmou isso foram os peritos do Senado (1).

Quando acusaram Dilma de pedalar, 17 governadores estavam envolvidos nesse artifício fiscal (2). Nada aconteceu com eles, só com Dilma. Pasmem! Pedaladas agora é lei (2)!

O preconceito e a misoginia contra Dilma vieram até da Polícia Federal, já que delegados da Lava Jato, em campanha para Aécio Neves, em blog, chamaram a então presidenta Dilma de “Anta” (4).  Dilma tragicamente pela segunda  vez é vitima de um golpe, em 1964 e agora em 2016!

Já Carmem Lucia, presidente do STF, indicada a Lula pelo jurista Sepúlveda Pertença, nem sequer recebeu o padrinho Sepúlveda, em audiência, para falar sobre o processo de Lula. Lula que indicou Carmem levou uma “bolada nas costas”: Carmem deu o voto de minerva contra Lula, que acabou resultando em sua prisão (5).

“Quando o Supremo julgou o recebimento da denúncia contra o tucano Eduardo Azeredo, envolvido com o mensalão tucano, Cármen Lúcia se declarou impedida por ter trabalhado com ele no governo do estado” (5).

Contra Lula, Carmem Lucia foi um carrasco já contra o tucano Aécio é bem diferente:  
   “Ela deve ter algum problema pessoal com o ex-presidente, já que, para Aécio, contra quem há provas concretas de crime, foi uma mãe ao dar o voto que permitiu que o Senado parasse o processo dele no STF, onde poderia julgá-lo e não quis” (6).

Aécio, mesmo sendo o mais denunciado na Lava Jato, chefiada por Moro, continua senador da República, livre, candidato, e, como deboche, ainda cobra arrependimento de Lula (7).

A PGR Raquel Dodge foi indicada pelo golpista MiShell Temer, aquela que ganhou 11 mil em palestra de uma hora de duração e levou, na viagem, às custas do contribuinte, o maridão.  Raquel foi aos EUA defender a prisão de Lula em segunda instância, rasgando  assim a Constituição Federal. Logo ela que é fiscal da lei! Por um lado, Raquel acaba de arquivar processo de Eliseu Padilha ou “Quadrilha”, e por outro,  hoje, 01/08/18, pede a manutenção da prisão de Lula (8,9).  

Rosa Weber é a ministra do STF que teve a ousadia de convocar Dilma para explicar a palavra “Golpe” (10). Aliás, o golpe no Brasil é matéria diária nos principais jornais do mundo.

A ministra, Rosa Weber, assessorada pelo juiz Sergio Moro, deu o parecer que resultou na prisão do ex-ministro José Dirceu, que assombrou o mundo jurídico: “Não tenho prova cabal contra Dirceu – mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite” (11). Quanto à prisão em segunda instância, Rosa Weber, na votação do STF, diz que é contra, mas votou a favor (12).  

Mas vamos falar de mulheres contemporâneas dignas. Por onde anda Kátia Abreu, ex-ministra da agricultura de Dilma? Eu ouvi muita gente de esquerda criticando Kátia, mas Kátia provou que dignidade não tem partido, nem ideologia e nem religião. Kátia honrou a saia que veste, como se diz no popular, pois defendeu Dilma o tempo todo.

Enquanto isso, Helio Bicudo, falecido ontem, 31 de julho, fundador do PT, defendeu o impeachment de Dilma; o prefeito, do Rio, Marcelo Crivella, ex-ministro de Dilma, votou pela saída da presidenta e o senador de Brasília, Cristovam Buarque, PPS/BSB, votou pelo impedimento de Dilma. Cristovam por ser um ex reitor sabe que nenhum governo investiu mais em educação do que Lula e Dilma.  

Mas usando o slogan de Gilberto Gil, que estava junto com Chico Buarque, Martinho da Vila e outros amados artistas no Festival Lula Livre, vamos mandar aquele abraço às mulheres como a senadora Gleisi Hoffmann, fiel escudeira de Lula; a deputada Maria do Rosário, do PT, que enfrentou a fúria Machista, misógina e racista de Jair Bolsonaro e a Manuela, do PC do B, que enfrentou, com êxito, no programa Roda Viva, oponentes no lugar de jornalistas.

Eu não tenho vergonha de dizer que, nos momentos mais duros da minha vida, já homem e adulto, eu corria para os braços de minha saudosa mãe!

Viva as mulheres, mas Carmem Lúcia, Raquel Dodge e Rosa Weber ninguém merece!



Rio de Janeiro, 01 de agosto de 2018.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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