por Emanuel Cancella
Não podemos esquecer que
Moro, que chefia a Lava Jato, que investiga a Petrobrás, prendeu o almirante
considerado o pai da nossa energia nuclear e herói nacional, Othon, de 77 anos
de idade, condenando-o a 43 anos de prisão.
O chefe do Gabinete de Segurança Institucional de Temer, o general
Sérgio Etchegoyen, e o Diretor-Geral da Policia Federal, Leandro Coimbra,
reuniram-se com Duayne Norman, chefe do posto da Central Intelligence Agencyem
Brasília (1,2).
Com certeza não foram tratar dos graves problemas sociais
pelos quais o país atravessa, como a volta do Brasil ao mapa da fome da ONU, a
maior taxa de desemprego da história da nação, atrasos e não pagamento de salário
aos funcionários públicos, etc.
O negócio da CIA é outro: é o golpe e seus desdobramentos; a
entrega do nosso petróleo; a prisão do Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva e
a suspensão da construção do submarino nuclear, cuja principal missão era
proteger o pré-sal (9).
Não podemos esquecer que Moro, que chefia a Lava Jato, dizendo
investigar a Petrobrás, prendeu o almirante considerado o pai da nossa energia
nuclear e herói nacional, Othon, de 77 anos de idade, condenando-o a 43 anos de
prisão.
Moro não prendeu, por exemplo, o tucano Aécio Neves, sete
vezes delatado na Operação.
A ida do temeroso à Rússia pode ser sugestão da CIA para
desarmar o sentimento nativo da volta do Brasil ao quintal dos EUA.
A notícia sinistra da reunião dos nossos chefes da segurança
com a CIA se dá no momento que Trump anuncia doutrina imperial para intervir na
América Latina (3). ”Trump disse ainda que os Estados Unidos têm o "dever
de garantir a liberdade em países como Cuba e Venezuela – e em todo o
hemisfério" . Especialistas apontam que, com as descobertas recentes de
petróleo, como a do pré-sal, a América Latina pode vir a se tornar o novo palco
da cobiça norte-americana;”
E por falar em petróleo, o tucano corrupto, presidente da
Petrobrás, Pedro Parente, que tem um passado que o condena, por já ser réu em
ação justamente de venda de ativo, desde quando ministro do apagão de FHC e membro
do Conselho de administração da Petrobrás (8). A ação é de 2001 e deu um prejuízo
de cerca de R$ 5 BI à Petrobrás.
Parente, em nota, em 20/06/2017, anuncia que fez acordo em
uma das 27 ações com tribunais estadunidenses no valor de US$ 445 milhões (4).
Quase meio bilhão de dólares num acordo fajuto onde os
tribunais americanos alegam que a queda do valor das ações da Petrobrás foi por
conta da corrupção. Entretanto os especialistas de geopolítica de petróleo são
categóricos em afirmar que a queda dos papeis das petroleiras, no mundo, incluindo
na Petrobrás, foi por conta do conluio dos EUA e da Arábia Saudita que aumentaram
a oferta de petróleo, no mercado internacional, forçando assim a derrubada do
preço do barril de US$ 140 para US$ 30. Mesmo assim o tucano Pedro Parente faz esse
acordo altamente prejudicial ao Brasil, favorecendo os abutres americanos.
Moro e a Lava Jato, além de fingir que não veem a gestão criminosa
de Parente na Petrobrás, também colaboram com os tribunais americanos quando
convidaram os procuradores estadunidenses para investigar a Petrobrás e mandando
os maiores corruptos da Petrobrás, presos, testemunharem contra a empresa (6,7).
Parente além de entregar nosso petróleo aos gringos ainda
prejudica os petroleiros. Apesar da melhoria dos indicadores da companhia, como
agora, em maio de 2017, com o aumento da produção de petróleo de 3,9 %, a
direção da empresa cortou dos petroleiros o aumento real, a PLR e o Beneficio Farmácia,
este através da suspenção da distribuição nas farmácias dos remédios(5).
Além disso, o dinheiro da Petrobrás é dinheiro público.
Parente dá meio bilhão de dólares aos tribunais dos EUA quando, no país, militares,
bombeiros, PM Policia Civil e professores estão com salários atrasados e
recebendo parceladamente. Funcionários públicos de todo o país, como os de
Curitiba, agora estão enfrentando a polícia para não ter seus salários e
direitos rebaixados.
A CIA está se articulando com os golpistas agora, com certeza
para dar o golpe dentro do golpe. E os trabalhadores vão se unir quando para fazer
valer o Fora Temer, eleições diretas e o basta de golpe?
Rio de Janeiro, 21 de junho de 2017.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300,
ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos
Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e
Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio
Moro”
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo,
JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser
reproduzido livremente)
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