por Emanuel Cancella
Os golpistas estão sendo hostilizados no Exterior, como foi o caso de Sérgio Moro agora em Nova York, e no Brasil estamos calados.
Não
podemos achar que, sozinhos, a Frente Brasil Popular e O Povo sem Medo vão derrubar o golpe, pois não
vão! Precisamos unir todos os brasileiros, os de esquerda e os de direita que estão
insatisfeitos, aí incluídos conservadores, civis e militares.
Os
militares nacionalistas ainda estão amordaçados pela hierarquia das Forças
Armadas, onde só o comando fala. Será que todos os militares concordam com a
entrega do pré-sal aos gringos? E do retorno da rejeitada base de Alcântara o
que eles acham? E se eles souberem que provavelmente os EUA querem plantar essa
base militar no Brasil contra a Venezuela? E sobre a prisão, sem provas, do
almirante responsável pelo submarino nuclear cuja principal finalidade é
proteger o pré-sal.
Os golpistas estão sendo hostilizados no Exterior, como foi o caso de Sérgio Moro agora em Nova York, e no Brasil estamos calados (1).
A
Venezuela é tão vítima dos americanos quanto nós! Torna-se vital para combater
o golpe que os brasileiros sejam convencidos de que o golpe no Brasil como na
Venezuela não tem outro motivo senão a almejada posse do petróleo alheio. Para isso
os EUA financiaram um golpe contra Hugo Chávez, presidente da Venezuela, que
durou apenas 47 horas. E agora ameaçam o presidente Nicolás Maduro. No Brasil,
os EUA financiaram o golpe contra nossa democracia, que já dura meses, quando,
usando o mote da corrupção derrubaram a presidenta eleita pela maioria dos
brasileiros, sem ter cometido qualquer crime, e colocaram uma corja de
corruptos no poder. Já no Oriente Médio os americanos preferiram as bombas para
abocanhar petróleo.
Participei
de encontros no Rio e em Brasília, e vou para Minas Gerais na semana que vem, na divulgação de meu livro A Outra Face de
Sérgio Moro. Nesses encontros são realizados debates, como no primeiro
lançamento no Rio em que tivemos a presença do deputado federal do PT, Wadir
Damus, e representantes de centrais e partidos de esquerda. Na última em Brasília,
além dos sindicalistas, tivemos Tereza Cruvinel e o ex-embaixador Samuel
Pinheiro Guimarães. Entretanto percebi que estamos sempre apenas falando para nós mesmos, isso nos
grupos de internet e em nossos atos e debates. Para derrubar o golpe precisamos
ir além!
Primeiro precisamos ampliar nosso
público, pois só assim conseguiremos ampliar nossa
base de apoio e aí sim, teremos força
para combater o golpe. Não há outra fórmula! Colocaremos esses golpistas para
correr quando convencermos a maioria da sociedade de que a luta contra o golpe representa
a defesa da soberania nacional dos direitos trabalhistas e previdenciário e em
defesa do futuro de nossos filhos e netos. E isso interessa a todos os
brasileiros, com exceção dos golpistas!
Precisamos,
por exemplo, mostrar às pessoas mais pobres que muitos de seus filhos foram estudar no exterior através do programa
Ciências sem Fronteiras e também pelo Fies, que colocou milhões de filhos de
pobres nas universidades.
E os
beneficiados pela “Minha Casa Minha Vida” onde estão? Foram contemplados aí mais
de três milhões de brasileiros. Tudo isso está sendo destruído pelos golpistas
e, caso não façamos nada, em breve, estaremos voltando para o mapa da fome da
ONU. Já temos agora 12 milhões de desempregados e estamos retornando os
brasileiros para baixo da linha da pobreza. Na época do Lula tínhamos alcançado
praticamente o pleno emprego.
Os
golpistas, tanto do Brasil como na Venezuela, têm um plano “B”, que é viver em
Miami para onde fogem normalmente os traidores da pátria de nosso continente,
depois de fracassados seus golpes. Eles correm
para o país que os financiam! Ao contrário da maioria de nós, que tudo dando
errado, mesmo querendo não poderíamos cogitar de sair do Brasil, muito menos
poderíamos mandar nossos filhos para estudar no exterior.
Não
precisamos buscar fórmulas externas para barrar o golpe! A Campanha “O Petróleo
é Nosso!”, nas décadas de 40 e 50, foi um exemplo bem sucedido de mobilização.
Naquela campanha, muitos brasileiros foram perseguidos e mortos, mas felizmente
resultou na criação da Petrobrás e do Monopólio Estatal do Petróleo. Precisamos
unir novamente nossa gente contra o golpe e em defesa do futuro do Brasil. Juntos
e unidos: militares, civis, comunistas, conservadores e estudantes.
Antes
que destruam nossa pátria amada, vamos organizar a campanha “O Brasil é Nosso!”
Fonte: 1 - http://www.viomundo.com.br/denuncias/em-nova-york-manifestantes-denunciam-moro-por-pratica-de-lawfare-contra-lula.html
Rio de Janeiro, 07 de fevereiro de 2017
Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300
Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação
Nacional dos Petroleiros (FNP) e autor do livro “A outra face de Sérgio
Moro”
(Esse artigo pode ser reproduzido livremente)
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia,
Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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