segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Sérgio Moro, preserva Pedro Parente e intima o sindicalista Emanuel Cancella.

por Emanuel Cancella

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Prezado senador Roberto Requião,

V. Excia. sempre foi um aliado de todas as batalhas pela democracia e em defesa da Petrobrás. Ressalto o “Projeto de Lei nº 560, de 2015, que estabelece normas para a reconstituição do Fluxo de Caixa da Petrobrás ao nível de outubro de 2014”. Caso fosse este projeto aprovado resolveria grande parte do problema de caixa da  Petrobrás. E não constitui nenhum favor.
Bastaria a união quitar uma das dívidas que tem com a companhia. Durante seis anos, a Petrobrás, pagou a conta de exportar gasolina e diesel a preços aviltados, bem como vendeu, atendendo a política econômica da união, derivados de petróleo abaixo dos custos para combater a inflação. Um rombo financeiro em torno de R$ 80 bi. 
Ao invés de reconstituir o fluxo de caixa da Petrobrás, o atual presidente da companhia (tinha que ser um tucano), Pedro Parente prefere vender ativos da Petrobrás sem licitação, como o petróleo do campo gigante de Carcará a preço de uma garrafinha de refrigerante o barril, quando o preço no mercado internacional é US$ 56,60 o barril.
Sua luta pela preservação da democracia e contra os excessos e abusos do poder judiciário, sobretudo quando se divulgava gravações ilegais, como um diálogo telefônico do ex-presidente Lula com a então presidente Dilma, mereceu também da minha parte uma grande indignação traduzida em textos que publiquei pelas redes sociais, por ser de justiça e obrigação de um representante sindical eleito pelos trabalhadores.
Além da defesa da Petrobrás, V. Excia é autor e relator do projeto de contra o abuso de autoridade, para que juizes e procuradores possam ser responsabilizados em caso de abuso de poder. 
QUANTO AO DEPUTADO PAULO RAMOS EM PRIMEIRO LUGAR RESSALTAR O SEU BRILHANTE PAPEL NA ELABORAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO E PRINCIPALMENTE NO CAPITULO QUE MANTEVE PODERES A PETROBRÁS QUE DEPOIS FOI QUEBRADO EM FUNÇÃO DA LEI  de FHC, Nº 9.478, DE 6 DE AGOSTO DE 1997, quando deputado constituinte.

Nesse momento de profunda crise financeira porque passa o Estado do Rio de Janeiro, é fundamental o deputado Paulo Ramos lembrar aos seus pares da Alerj a importância da preservação da Petrobrás. Segundo o governador Pezão, ela  responde por 33% da receita estadual. Tirar direitos dos policias, bombeiros, professores, servidores estaduais, não vai resolver o problema financeiro do estado. Preservar a Petrobrás e não entregar o pré-sal, com certeza, representa a retomada financeira  de forma auto sustentável do Estado do Rio de Janeiro.    

Estranhamente, o juiz Sérgio Moro, chefe da Lava Jato que investiga a Petrobrás, intima, não o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, mas o sindicalista, coordenador do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros, Emanuel Cancella “para prestar depoimento na condição de investigado”.

A intimação para Cancella é por:  (...) Possíveis práticas de crime contra a honra de servidor público federal...” A audiência de Emanuel Cancella é nessa quarta, na Procuradoria, 14, ás 14h, na Nilo Peçanha, 31, sala 806, centro do Rio.

Entendemos que tal intimação busca amordaçar o sindicalismo, cuja maior característica deve ser a altivez, liberdade de questionar,  lutar pelos direitos trabalhistas, por justiça, soberania nacional e popular.
Solicito ao ilustre senador e companheiro um pronunciamento na tribuna do Senado, questionando tal notificação e uma carta ao Poder Judiciário pedindo esclarecimento.

Outrossim, solicito sua honrosa presença no lançamento de livro de minha autoria, A OUTRA FACE DO JUIZ SÉRGIO MORO que será lançado no Rio de Janeiro, até o fim do corrente ano. 
Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2016       

                          
Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300 

Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)

(Esse artigo pode ser reproduzido livremente)

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.






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