por Emanuel Cancella
Moro e Parente querem calar os
sindicatos.
Primeiramente, o presidente da
Petrobrás, Pedro Parente, entrou com uma interpelação contra o sindicalista
Emanuel Cancella, e também contra direção colegiada. Agora é a vez do juiz
Sérgio Moro, através de uma intimação, ameaçar o petroleiro e os movimentos
sociais e populares.
Na intimação de Moro, duas das
cinco perguntas formuladas merecem respostas pública.
Quarta pergunta: Por qual
motivo veiculou referidas postagens?
Respondo: trabalho na Petrobrás há 43
anos, onde entrei através de concurso. Aprendi a respeitar e a amar essa
empresa. Enquanto petroleiro, considero um absurdo a forma como o juiz Sérgio
Moro e o senhor Pedro Parente tratam a companhia.
Quinta pergunta: Recebeu
algum valor de outrem para publicá-las? Respondo: Não. Inclusive,
convidado, tenho proferido por ideal, vale ressaltar, sem nenhuma renumeração,
inúmeras palestras, mesas de debates, audiências públicas em movimentos
sociais, culturais e populares, por todo o Brasil. Porém, tenho todo o direito
de saber se o juiz Sergio Moro e o senhor Pedro Parente, cujas posturas têm
afetado a vida dos trabalhadores e de todo o povo brasileiro, recebem
algum valor pelo que falam e fazem, dentro e fora do Brasil?
Pedro Parente tem que explicar o
verdadeiro feirão que ele está realizando com os ativos da Petrobrás. Logo ele,
um gestor de negócios, sócio afastado da empresa Prada que
administra fortunas, negócios acima de cem milhões de reais. Parente
vendeu, sem licitação, o petróleo do campo do pré-sal de Carcará a preço de um
refrigerante, quando o preço do barril de petróleo hoje, 13/12/16, é US$
52,84 (cinquenta e dois dólares e oitenta e quatro centers) o barril.
Vendeu a Liquigás, a malha de
dutos do sudeste, a mais valorosa da Petrobrás. Tirou do Brasil a indústria
naval e entregou para os gringos gerando para eles emprego e renda; tirou a
Petrobrás de setores estratégicos e geradores de emprego e renda, como
Petroquímico, biocombustíveis, fertilizantes e gás. Parente ainda tem a
cara de pau de afirmar que tudo isso é para salvar a Petrobrás. E quer que o
sindicato, representante e defensor dos trabalhadores e do legitimo interesse
nacional, fique calado e parado.
O juiz Sérgio Moro a mais de dois
anos chefia a operação Lava Jato, que também investiga a Petrobrás. A sociedade
aplaude a prisão dos diretores envolvidos em corrupção e o resgate do dinheiro
roubado. Todavia, inúmeras posturas despertam a atenção na atuação do juiz
Sérgio Moro. A total submissão ao governo dos EUA, onde “(...) também
cursou o programa de instrução de advogados da Harvard Law School em 1998 e participou
de programas de estudos sobre lavagem de dinheiro promovidos pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos,
segundo sua biografia publicada na Wikipédia”.
Moro convocou os procuradores
estadunidenses para investigar a Petrobrás; enviou os corruptos da Petrobrás
presos, para testemunharem contra a empresa nos tribunais americanos.
A acusação dos tribunais americanos
contra empresa é que a corrupção seria a causa da queda das ações da
companhia, quando na verdade o mundo sabe, menos o Moro: Que a queda das ações
das petroleiras incluindo a Petrobrás é por conta de uma tramoia dos EUA junto
com a maior produtora de petróleo a Arábia Saudita, que aumentou a oferta de
petróleo fazendo o preço cair de US$ 140 para US$ 30 o barril.
Estranho também que Moro tenha vista
grossa para o governo tucano de FHC na Petrobrás. Apesar das inúmeras denúncias
e agora para a gestão do também tucano, Pedro Parente, ministro do apagão de
FHC.
Em cima desse enredo, estarei lançando
até o final do corrente ano o livro A outra face do juiz Sérgio Moro,
uma coletânea de artigos nesses dois anos da Lava Jato. Esses artigos foram
enviados para publicação para os principais jornais e revistas do país que
ignoraram. Isso, para que a sociedade tome conhecimento de mais uma versão
quanto a Operação Lava Jato.
A renda líquida do livro será
totalmente revertida para os cerca de dois milhões de desempregados em função
da investigação, das inúmeras falências e consequente paralisação das obras
pela Lava Jato.
Rio de Janeiro, 14 de dezembro de
2016
Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ
75 300
Emanuel Cancella que é da coordenação
do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)
(Esse artigo pode ser reproduzido
livremente)
OBS.: Artigo enviado para possível
publicação para o Globo, JB, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de
comunicação.
Parabéns Emanuel Cancella, denunciar a salafrada é fundamental.
ResponderExcluirO sucateamento e esbulho brasileiro chegaram em um patamar que só a cafajestice total consegue seguir essa escumalha excremental que domina essa fossa porca chamada brasil.
Acredito que pessoas com sua verve são fundamentais para quem sabe algum dia transformarmos essa fossa porca em uma nação Brasil.
Grato pelo material.
parabéns, tem todo meu apoio essa luta!
ResponderExcluirParabéns Manuela,
ResponderExcluirA sociedade está sendo manipulada, como sempre foi, mas não fazem idéia do que está por trás dessa falsa moralidade da chamada força tarefa.