por Emanuel Cancella
Fernando Collor de Mello foi criação da Globo, na eleição de
1989. Ele, além de caçar os marajás, iria colorir o país. As cores sumiram e
tragicamente o povo, contrariando seu pedido de colocar o verde e amarelo na
janela, colocou o preto de luto, nas vésperas de seu impeachment.
A Globo foi a criadora de Collor e também seu principal
algoz. Collor foi lançado pela Globo depois do um crescimento geométrico de uma
liderança operária.
Assim, com o apoio da maior central sindical do país, a CUT,
e dos movimentos sociais, com apoio da igreja católica, surgia o líder operário
Luis Inácio Lula da Silva.
Primeiro, Lula perdeu a eleição para Collor, num golpe sujo
dado pela Globo. Isso porque, depois do período permitido pelo TSE, transmitindo os melhores momentos de Collor no
último debate no Fantástico e no Jornal Nacional.
Na ocasião, um dos maiores jornalista da TV, Armando Nogueira,
negou-se a fazer esse jogo sujo da Globo e foi sacrificado. Mais tarde, Lula foi eleito e reeleito e também
elegeu Dilma sua sucessora.
Na reeleição de Dilma, a Globo, mancomunada com a Veja e
Sergio Moro, lançou a farsa de que Lula e Dilma saberiam da corrupção na
Petrobrás. E na véspera da eleição divulgou essa tramoia, também à revelia do
TSE, que já tinha proibido a matéria mentirosa. Na ocasião, o adversário de Dilma,
Aécio Neves, chegou a gravar o vídeo da vitória, mas foi derrotado. Aécio nunca
perdoou Dilma pela derrota e foi o principal articulador de seu impeachment.
Moro, um juiz de
primeira instância, foi premiado pela Globo como homem que faz a diferença.
Alimentado pela máxima de Brizola: “Se a Rede Globo for a favor, somos contra.
Se for contra, somos a favor!”. A partir da denúncia falsa da campanha visando
ajudar Aécio e dos ensinamentos de Brizola, comecei a perceber as intenções de
Moro.
Um juiz correto não faz campanha para candidato e nem
articula para destruir a principal empresa do país.
A Lava Jato, durante dois anos, vazou para a mídia, principalmente
a Globo, delações para manchar a imagem da Petrobrás. Como fizeram na Privataria
Tucana, essa trama maquiavélica é conhecida, pois entreguistas primeiro desmoralizam uma
empresa, para assim entregá-la mais barato! Isso com o povo batendo panela, acreditando
que iriam acabar com a corrupção.
Entretanto os corruptos da Petrobrás não estão presos, já que depois de mancharem a
imagem da empresa “pagam” suas penas em casa, verdadeiros clubes de lazer construídos
com dinheiro da corrupção. Nem tornozeleira eletrônica estão usando mais, por
decisão de Moro.
A Lava Jato, além de
ajudar Aécio nas eleições, finge que não vê quando a corrupção envolve tucanos,
apesar dos aviões de provas e convicções contra eles, como no governo tucano de
FHC na Petrobrás e agora na gestão suspeitíssima do tucano Pedro Parente na
Petrobrás, numa queima total do patrimônio do povo.
Moro ainda teve a cara de pau de convocar os procuradores
americanos para investigar a Petrobrás, legitimando a espionagem e prejudicando
o Brasil para ajudar os gringos. Também para ajudá-los, Moro está mandando os
corruptos da Petrobrás testemunharem contra a empresa brasileira nos tribunais
estadunidenses. Moro trabalha para o Brasil?
Todo mundo sabe que é falsa a acusação contra a Petrobrás. Os
tribunais americanos alegam que corrupção seria a causadora na queda do valor
das ações, mas houve queda dos papeis
em todas as petroleiras no mundo, não foi só na Petrobrás.
Os EUA com apoia da Arábia Saudita, fizeram o petróleo cair
de US$140 para US$ 30, no mercado internacional, aumentando a oferta de petróleo no mercado
para derrubar o preço do Barril, para prejudicar países produtores como a
Rússia, Irã, Venezuela e Brasil.
Na verdade a Petrobrás foi vítima dessa política americana. E
essas ações na justiça vão gerar multas astronômicas contra a Petrobrás. Tudo
isso com a ajudinha do juiz Sérgio Moro.
A corrupção existe em
todo lugar do mundo, seria muito bom prender os corruptos, mas não destruir a
empresa! Moro faz o contrário!
Há cerca de um ano e meio, fiz o enterro simbólico de Sérgio
Moro, na Cinelândia, no Rio, aproveitando um ato, creio do ‘Fora Cabral’, e até
o fim do ano de 2016 vou lançar um livro, a outra Face de Sérgio Moro.
Por isso a confraternização de Moro com Aécio Neves não me
causa surpresa (1). Aécio é o recordista de delações na Lava Jato, chefiada por
Moro mas segue livre, leve e solto. Aécio tem o que agradecer.
Moro não decepciona a esquerda, mas constrange a direita, que
o considerava um herói.
Moro: Globo e você tudo a ver!
Rio de Janeiro, 07 de dezembro de
2016
Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300
Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)
(Esse artigo pode ser reproduzido livremente)
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB,
Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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