sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A PEC da morte é dos ricos contra os pobres.

por Emanuel Cancella
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A mídia e a justiça brasileira estão a favor da PEC 55, aliás, estão onde sempre estiveram, ao lado da burguesia, e não da justiça como gostam de aparentar. Essa lei vai congelar recursos dos estados brasileiros por 20 anos prejudicando, entre outros, os orçamentos da saúde e educação.

As manifestações contra essa medida estão acontecendo em todo o Brasil e cada vez mais radicalizadas. Essa lei tem endereço certo: a favor dos ricos e contra os pobres. São os pobres que precisam de saúde e educação pública; são os pobres que precisam da malha de programas sociais.

Esses programas sociais tiraram o Brasil do Mapa da Fome e 40 milhões de brasileiros da zona da pobreza; levaram médicos aos rincões mais pobres do país, através do programa “Mais Médicos”; colocaram milhões de filhos de pobres nas universidades, através do Fies, Prouni, Politicas de Cotas, inclusive estudando no exterior através do programa “Ciência sem Fronteiras” e  realizou o sonho da casa própria a mais de três milhões de brasileiros com “O Minha Casa Minha Vida”.    

Já ouvi vários discursos defendendo a lei do teto e estranhamente, em nenhuma dessas defesas, ouvi falar em limitar o pagamento do serviço da dívida interna e externa, já que essa conta leva cerca de metade do orçamento do Brasil. Não pagamos nada do principal da divida, só pagamos juros e esse dinheiro vai, na maior parte, para banqueiros.
E também não ouvi nem parlamentar, procurador ou juiz defendendo limitar os super-salarios, já que a lei prescreve que ninguém pode ganhar acima do salário de ministro do STF, algo em torno de R$ 35. 000,00. Todos sabem, principalmente os beneficiados, que, acima dos super-salários, vêm os chamados penduricalhos, como auxilio moradia, educação, auxilio paletó etc, etc e etc.
Lembrando o que disse a relatora da lei que vai vasculhar os contracheques que ultrapassam o limite legal: 'Receber salário indevido também é corrupção', diz Kátia Abreu (1). “Somente a dois ministros aposentados, o STJ pagou quase 1 milhão de reais em setembro do ano passado.(2)”
O que está por trás da PEC da morte é a interferência dos EUA e seus aliados europeus que não querem um concorrente na América Latina e por isso impõem esse limite porque eles sabem que o Brasil poderia incomodar se fosse administrado com liberdade e por nacionalistas. Isso porque o Brasil ameaça a liderança global dos americanos e europeus devido a nossas excelentes condições climáticas, territoriais, reservas minerais (a começar pelo petróleo, água e nióbio) e um povo competente.
Digo competente porque foram os petroleiros da Petrobrás que ganharam, pela terceira vez, o “Oscar” da indústria do petróleo, pois desenvolveu tecnologia inédita no mundo que permitiu a descoberta do pré-sal. Poderíamos falar também no pai da aviação, Santos Dumont, ou Rui Barbosa, que foi para a Inglaterra ensinar inglês, e muitos outros.
Mas por outro lado temos também os subservientes brasileiros que entregam tudo, nossa democracia, terras, petróleo e até a água, a começar pelo golpista Michel Temer. Impedindo assim o país de avançar!
Os EUA aplicam o famoso ‘faça o que eu digo, mas não façam o que faço’. Pois eles que pregam para os outros a ‘Lei de responsabilidade fiscal’ que diz que não podemos gastar, mas do que arrecadamos. Teto de despesa para os estados, mas eles na quebradeira de 2008, injetaram cerca de US$ 16 trilhões na economia. Dinheiro público em empresas privadas. E Não demitiram ninguém e puniram os donos de empresa envolvidos no chamado escândalo de corrupção conhecido como ‘Bolha Imobiliária’.
Esse limite de gastos é a política dos EUA conhecida como a “Ponte para o Futuro”, mas que foi denominado pelo senador Roberto Requião como a “Pinguela para a Papuda”.
Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 2016      
                          
Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300 

Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)

(Esse artigo pode ser reproduzido livremente)

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.






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