por Emanuel Cancella

Ali
foi uma pessoa que admirei muito, na minha infância, campeão nos ringues e fora
dele, nos EUA e no mundo. Que jogou sua medalha olímpica de ouro no Rio Ohio por discordar do racismo nos EUA; que disse para as autoridades
americanas, quando o mandaram lutar na guerra do Vietnã: "Nenhum vietnamita
jamais me chamou de crioulo". Justificou Ali, que teve então a licença de
pugilista cassada e foi destituído do cinturão em 1967. Ele descrevia sua forma
de lutar como: “Flutuar como uma borboleta, picar como
uma abelha.”
O grande astro da música, Frank Sinatra,
usou credencial de jornalista para assistir uma luta de Ali, cujos ingressos
estavam esgotados.
Obama: "Ele lutou pelo que era
certo". Disse também Foreman: "Ali,
Frazier e Foreman eram uma única pessoa. A melhor parte de mim se foi". Essas palavras de Foreman vêm de um
lutador que perdeu para Ali, na luta do século, o que era impensável e que
projetou Ali. Que atitude digna de Foreman!
Depois na minha paixão pelo boxe acompanhei a
trajetória de Mike Tyson, que teve inigualáveis 19 vitórias por nocaute no
primeiro assalto. A TV anuncia as lutas de Tyson dizendo: Não vá à cozinha, ao
banheiro, pois a luta pode acabar. Se Ali no ringue era um bailarino, Tyson era
um demolidor implacável que deixava a todos com o coração na mão tal a violência
que impunha nas lutas. Ali zombava de seus adversários, mostrando a lona
bailando, rodando o braço num show à parte, mas jamais dava um golpe
desnecessário. Já Tyson dava todos os golpes necessários e até desnecessários, valia
até mordida na orelha. E veio de Tyson um verdadeiro campeão, uma homenagem
humilde e transcendental: “Deus veio levar seu campeão. Longa vida ao maior! ",
disse o ex-boxeador Mike Tyson em seu Twitter, publicando uma foto ao lado de
Ali.
Ali foi campeão olímpico e o
primeiro tricampeão do mundo de pesos pesados e participou da luta do século.
Fica
aí minha homenagem a Muhammad Ali,
grande campeão um verdadeiro lutador nos ringues e pela boa causa!
Rio de Janeiro, 04
de junho de 2016
Autor: Emanuel
Cancella, - OAB/RJ 75
300
Emanuel Cancella é
coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro
(Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
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