sábado, 4 de junho de 2016

Muhammad Ali, a lenda do boxe morreu.

por Emanuel Cancella
                                         

 

Ali foi uma pessoa que admirei muito, na minha infância, campeão nos ringues e fora dele, nos EUA e no mundo. Que jogou sua medalha olímpica de ouro no Rio Ohio por discordar do racismo nos EUA; que disse para as autoridades americanas, quando o mandaram lutar na guerra do Vietnã: "Nenhum vietnamita jamais me chamou de crioulo". Justificou Ali, que teve então a licença de pugilista cassada e foi destituído do cinturão em 1967. Ele descrevia sua forma de lutar como: “Flutuar como uma borboleta, picar como uma abelha.”

O grande astro da música, Frank Sinatra, usou credencial de jornalista para assistir uma luta de Ali, cujos ingressos estavam esgotados.

 

Obama: "Ele lutou pelo que era certo".  Disse também Foreman: "Ali, Frazier e Foreman eram uma única pessoa. A melhor parte de mim se foi". Essas palavras de Foreman vêm de um lutador que perdeu para Ali, na luta do século, o que era impensável e que projetou Ali. Que atitude digna de Foreman!

Depois na minha paixão pelo boxe acompanhei a trajetória de Mike Tyson, que teve inigualáveis 19 vitórias por nocaute no primeiro assalto. A TV anuncia as lutas de Tyson dizendo: Não vá à cozinha, ao banheiro, pois a luta pode acabar. Se Ali no ringue era um bailarino, Tyson era um demolidor implacável que deixava a todos com o coração na mão tal a violência que impunha nas lutas. Ali zombava de seus adversários, mostrando a lona bailando, rodando o braço num show à parte, mas jamais dava um golpe desnecessário. Já Tyson dava todos os golpes necessários e até desnecessários, valia até mordida na orelha. E veio de Tyson um verdadeiro campeão, uma homenagem humilde e transcendental: “Deus veio levar seu campeão. Longa vida ao maior! ", disse o ex-boxeador Mike Tyson em seu Twitter, publicando uma foto ao lado de Ali.

Ali foi campeão olímpico e o primeiro tricampeão do mundo de pesos pesados e participou da luta do século.  

Fica aí minha homenagem a Muhammad  Ali, grande campeão um verdadeiro lutador nos ringues e pela boa causa!

Rio de Janeiro, 04 de junho de 2016 

Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300              
               
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 





Nenhum comentário:

Postar um comentário