sábado, 23 de abril de 2016

Quem é mais incompetente os engenheiros da ciclovia que caiu ou os ministros do STF que não afastam e prendem o Cunha?

por Emanuel Cancella

 

A Ciclovia em São Conrado, no Rio, caiu por conta de uma ressaca do mar! Os engenheiros responsáveis vão alegar o fenômeno da natureza, que ninguém consegue controlar como os estragos causados pelos tsunamis, terremoto etc. Entretanto nem precisa ser engenheiro para saber que o trecho próximo do mar precisa ter uma estrutura reforçada!   

Tão eficientes quantos esses engenheiros são os nossos ministros do STF, nos quais a sociedade gasta bilhões para manter essa estrutura e, se os juízes comuns se acham deuses, os ministros dos tribunais superiores têm certeza de suas divindades. Não é barato sustentar vários deuses! Mas na prática servem para quê? Se não afastam e mandam prender um bandido inconteste, Eduardo Cunha, presidente da Câmara, qual a serventia desses nossos deuses?

Esses ministros, além dos maiores salários da República, embolsam de auxílio moradia e educação um total de 10 salários mínimos por mês, sendo que o efeito cascata pode conforme pleiteado, serem retroativos a 1988, atingindo R$ 30 BI. E recebem o auxílio moradia, mesmo tendo moradia, e sem precisar justificar nada!

Só de “auxílios”, os nossos ministros, ou deuses, recebem o dobro do que recebe qualquer professora de escola pública, que tem a responsabilidade de educar nossos filhos, os filhos deles não, pois freqüentam outras escolas.
Os ministros do STF não fazem o dever de casa, mas são bons em outras áreas: O ministro Luiz Fux, zelando pela família, apoiou a nomeação da filha, Mariana Fux, de 35 anos, desembargadora, mesmo ela não comprovando atividade profissional por dez anos ininterruptos, um dos requisitos impostos a advogados que queiram se candidatar ao cargo de desembargador.  

O ministro Gilmar Mendes assumiu o posto de advogado de porta de cadeia dos tribunais superiores: Gilmar “Mentes”, assim chamado pelo escritor Fernando Veríssimo, já mandou soltar o banqueiro “ladrão”, Daniel Dantas, assim chamado pelo delegado da PF, Protógenes Queiroz. “Mentes” lavrou dois habeas corpus em 24 horas, a favor do banqueiro, e o delegado Protógenes, na mesma ação, foi condenado e expulso da PF. Pasmem, o crime de Protógenes foi vazamento do processo, decisão que não vale para os delegados da Lava Jato! Gilmar também soltou o médico estuprador, Roger Abdelmassih, condenado a  278 anos de prisão por 52 estupros e quatro tentativas de abuso, a 39 mulheres. E ainda, Gilmar “Mentes” foi citado junto com Dias Toffoli, na gravação do filho do ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cevero, como juízes que poderiam facilitar a liberdade do ex-diretor. Desta gravação resultou a prisão do senador Delcídio do Amaral e com os ministros do STF não aconteceu nada.

O ministro Dias Toffoli  é o responsável pela suspensão do principal artigo do Direito de Resposta, Atendendo pedido liminar da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Toffoli suspendeu a aplicação do Artigo 10  Lei 13.888/2015, que garantia somente a órgãos colegiados dos tribunais a possibilidade de concessão de recurso para suspender a publicação da resposta. Toffoli, em síntese, corroborou em detrimento do cidadão, com a prática dos meios de comunicação, principalmente a Globo, em injuriar, difamar e caluniar qualquer um, e tirou do juiz de primeira instância o poder de punir o órgão de comunicação que comete esse impropério. Lógico, a decisão de Toffoli foi dirigida para favorecer a Globo que faz isso a todo o momento com quem não obedece a sua cartilha fascista!
 Diante desses fatos que tal mudar a finalidade do STF de “Guardião da Constituição Federal” para Guardião dos Interesses  Particulares e Espúrios?

Diante do exposto, qual é o mais incompetente, ministros do STF ou engenheiros da ciclovia? Creio que ambos são elevados à categoria de incompetentes com louvor. Eu voto sim!   

Rio de Janeiro, 23  de abril de 2016 

OAB/RJ 75 300              
               

Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.


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