terça-feira, 29 de março de 2016

Juízes e procuradores que recebem auxílio moradia e educação vão combater a corrupção?

por Emanuel Cancella
         Esse assalto aos cofres públicos é maior do que os dos ladrões da Petrobrás
                                      

Os juízes procuradores e afins aprovaram auxílio educação e auxílio moradia, num total de cerca de 10 salários mínimos por mês e retroativo a 1988, num total de R$ 30 bi. Quem vai pagar é o contribuinte! Esse assalto aos cofres públicos é maior do que o dos ladrões da Petrobrás.

E são os juízes e procuradores que querem cassar o mandato da presidente Dilma por conta das chamadas pedaladas (adiamento de despesas de um mês para outro no orçamento). Só que a presidente Dilma fez isso para viabilizar programas sociais como o Programa Minha Casa Minha Vida!  

Esses mesmos procuradores do MPF estão entregando hoje, 29, no Congresso Nacional, o abaixo assinado com as dez medidas de combate à corrupção. Para que o combate à corrupção seja para valer, a sociedade exige que o MPF inclua mais um item, o 11º “ O fim do auxílio moradia e educação para juízes e procuradores”, pois, nenhum trabalhador, de nenhuma categoria, recebe esse tipo de beneficio. E mesmo quem tem casa vai receber auxílio moradia! Segundo o jornal Gazeta do Povo 12/02/15: “Desde o ano passado, os juízes de todo o país recebem o benefício de R$ 4,4 mil por mês, independente de apresentarem notas com gastos referentes à moradia”. Segundo o Globo de 3/06/15: O MPF se cala e o juiz Siro Darlan, que criticou o auxílio educação para os filhos dos juízes, foi exonerado de uma coordenação da vara da Infância e da Juventude.

Além de ser um privilégio inaceitável, esse benefício torna-se  ainda mais escandaloso, pelo fato de a categoria já  receber o teto do funcionalismo público. Você acha que esses juízes e procuradores querem realmente combater a corrupção ou estão preocupados com a crise no país?

Rio de Janeiro, 29  de março de 2016 

OAB/RJ 75 300              
               
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.




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