por Emanuel Cancella
Esse assalto aos cofres públicos é maior do que os dos ladrões da
Petrobrás

Os juízes procuradores e afins aprovaram auxílio educação
e auxílio moradia, num total de cerca de 10 salários mínimos por mês e
retroativo a 1988, num total de R$ 30 bi. Quem vai pagar é o contribuinte! Esse
assalto aos cofres públicos é maior do que o dos ladrões da Petrobrás.
E são os juízes e procuradores que querem cassar o
mandato da presidente Dilma por conta das chamadas pedaladas (adiamento de despesas de um mês para outro no orçamento). Só
que a presidente Dilma fez isso para viabilizar programas sociais como o Programa
Minha Casa Minha Vida!
Esses mesmos
procuradores do MPF estão entregando hoje, 29, no Congresso Nacional, o abaixo
assinado com as dez medidas de combate à corrupção. Para que o combate à
corrupção seja para valer, a sociedade exige que o MPF inclua mais um item, o
11º “ O fim do auxílio moradia e educação para juízes e procuradores”, pois, nenhum
trabalhador, de nenhuma categoria, recebe esse tipo de beneficio. E mesmo quem
tem casa vai receber auxílio moradia! Segundo o jornal Gazeta do Povo 12/02/15:
“Desde o ano passado, os juízes de
todo o país recebem o benefício de R$ 4,4 mil por mês, independente de
apresentarem notas com gastos referentes à moradia”. Segundo o Globo de 3/06/15: O
MPF se cala e o juiz Siro Darlan, que criticou o auxílio educação para os
filhos dos juízes, foi exonerado de uma coordenação da vara da Infância e da
Juventude.
Além de ser um privilégio inaceitável, esse benefício
torna-se ainda mais escandaloso, pelo
fato de a categoria já receber o teto do
funcionalismo público. Você acha que esses juízes e procuradores querem realmente
combater a corrupção ou estão preocupados com a crise no país?
Rio de Janeiro, 29 de março
de 2016
OAB/RJ 75
300
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do
Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos
Petroleiros (FNP).
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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