por Emanuel Cancella

A
Globo não dá ponto sem nó. Ministra do STF, Cármem Lúcia, depois de receber o
premio da Globo declara: Impeachment não é golpe! Ministro Joaquim Barbosa, também
premiado pela Globo, dirigiu o mensalão, esquecendo de julgar o do PSDB,
anterior ao do PT que está prescrevendo sem julgamento. Juiz Sérgio Moro, outro
que também foi premiado pela Globo, pelo governo dos EUA e agora pela revista
americana Fortune está cotado também para ganhar o “Oscar” de Hollywood por
efeitos especiais. Pena que o mais badalado da operação Lava Jato, o agente Newton Ishii (o japonês) tenha sido condenado
pela STJ.
Pelo
andar da carruagem, o juiz Sérgio Moro vai ganhar todos os prêmios dos EUA,
pois ele faz muito mais do que faria um agente da CIA.
Convocou
os procuradores americanos para fiscalizar a Petrobrás, na verdade legalizou a
espionagem. Para ser sério, Moro teria que mandar os procuradores brasileiros
para investigarem a petroleira americana Chevron.
A
Chevron foi denunciada pelo Wikeleaks na interceptação da troca de correspondência
entre o então candidato tucano derrotado, Jose Serra a presidência em 2009 e a
Chevron. Nessas correspondências, Serra prometia favores a Chevron em prejuízo da
Petrobrás.
E
Serra continua no senado federal em que sua missão entreguista do pré-sal e sua
proposta foi aprovada em primeira votação. O movimento sindical e social
organiza um grande ato no dia 31 em Brasília para barrar a entrega do pré-sal.
Moro,
também com a prisão do Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, tenta paralisar
o desenvolvimento da engenharia atômica, que inclui principalmente a construção
do submarino atômico brasileiro, cuja a principal missão é proteger o pré-sal.
Os
EUA não reconhecem nossas águas internacionais onde se localiza grande parte do
Pré-sal. Moro também prendeu o presidente da Odebrechet, Marcelo, cuja a
empresa, entre outras encomendas, é responsável pelo desenvolvimento e
construção de mísseis de curto e longo alcance. É sabido que o petróleo é
disputado por todo tipo de sabotagem, inclusive por guerra. O juiz Moro parece
querer colocar nosso país de quatro aos interesses estrangeiros.
A
Odebrechet quer colaborar com a Lava Jato e apresentou uma lista com mais de
200 parlamentares em que, dos citados, oitenta por cento é da oposição golpista.
São eles: Aécio Neves, José Serra, Roberto Freire, Paulinho da Força, Eduardo
Cunha etc. E Sergio Moro não só não vazou a lista como de costume e a tornou
sigilosa.
Se
dos EUA Moro recebe todas as homenagens, no Brasil a justiça começa a
questionar a Lava Jato: o japonês já foi condenado, o ministro do STF, Teori Zavascki,
botando ordem na casa colocou o juiz Moro, juiz, de primeira instancia em seu
devido lugar, reafirmando que o julgamento de parlamentares, de ex-presidentes
e do presidente é prerrogativa da Suprema Corte Brasileira, o chamado “Foro
Especial”, isso é lei.
E
o atual ministro da justiça, Eugenio José Guilherme de Aragão, já declarou que
vazamento de delação é inaceitável e grampo ilegal é crime, sujeitando o infrator
a prisão.
É
verdade: Impeachment com fundamentação não é golpe. Quanto ao impeachment que querem
impor a presidente Dilma sem fundamento pela mídia (principalmente a Globo e a
oposição de direita) é golpe.
A
Globo, sempre conspirando, foi quem criou o caçador de marajá, Fernando Collor,
para barrar Lula presidente, inclusive fraudando a eleição. Pasmem: A Globo foi
o principal algoz de Collor, no impeachment.
Diferentemente
do ex-presidente Fernando Collor de Mello que foi impedido sem ninguém para
defendê-lo, agora, o povo nas ruas, que barrou a ditadura militar e
protagonizou o movimento vitorioso Diretas Já! convoca os movimentos sociais:
MST, MTST e outros, as principais centrais sindicais, os movimentos estudantis,
os partidos de esquerda, PT, PC do B, PSOL, PCB para organizar o movimento em
defesa da democracia:
Não
vai ter golpe! Vai ter luta!
Rio de Janeiro, 27 de março de 2016
OAB/RJ 75
300
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do
Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros
(FNP).
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia,
Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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