por Emanuel Cancella


Para diminuir sua pena, Japonês, da PF,
faz delação premiada. O agente federal Newton Ishii, o
Japa, que em 2003, foi preso pela própria PF na Operação Sucuri, suspeito de
integrar uma quadrilha que fazia contrabando, foi acusado de corrupção e
expulso da corporação, mas depois reintegrado. Responde a processos criminal e
civil, além de uma sindicância.
Japonês, que é o símbolo da operação e
constante nas ações da Lava Jato, para colaborar com a justiça, no sentido de
diminuir sua pena, propôs que, na força tarefa da Lava Jato, tenha pelo menos
um delegado da PF ligado ao PT, pois todos os delegados que compõe a operação
fizeram a campanha de Aécio Neves, com o agravante que chegaram a chamar no
blog da campanha, Lula e Dilma de antas.
Japonês também defende que os
vazamentos da operação contemplem outros órgãos da imprensa, não somente
monopólio da Globo.
Ele também sugeriu que os tesoureiros
de outros partidos delatados também sejam presos. Segundo Japonês, é um absurdo
que só o tesoureiro do PT esteja preso.
Japônes defende o mesmo tratamento aos
marqueteiros, pois, se vão investigar e prender João Santana do PT, também terão
que investigar os de outros partidos. Segundo Japonês, é um absurdo achar que o
dinheiro da campanha do PT é propina e, dos outros partidos, simples doações.
Japonês considerou um absurdo que a
Lava Jato tenha convidado os procuradores americanos para investigar a
corrupção na Petrobrás, o que, para ele, se assemelha a legalização da
espionagem. Para melhorar a imagem da Lava Jato, neste episodio, japonês sugere
que o juiz Moro mande os procuradores brasileiros investigarem a petroleira
americana Chevron que, em 2009, foi citada pelo Wikeleaks na interceptação de
troca de correspondência onde, o então candidato a presidência tucano, José
Serra, prometia favores a petroleira americana em prejuízo da Petrobras.
Japonês também falou da prisão do
almirante, Othon Luiz Pinheiro
da Silva, pai do submarino atômico, cuja a principal tarefa é proteger o
pré-sal, porém, as obras deste submarino estão praticamente paralisadas. A lava
Jato também prendeu o presidente da Odebrechet que também é fabricante de
míssil de longo e curto alcance.
Japonês começa a se preocupar por que
setores da sociedade começam a achar que a Lava Jato é braço da CIA. A operação
extrapola de seu objetivo que é fiscalizar a Petrobrás e convoca os procuradores
americanos para investigá-la, paralisa a construção do submarino atômico e
impede a Odebrechet de continuar a desenvolver e produzir para as nossas forças
armadas mísseis.
É preciso que fique claro que todo esse
aparelho bélico não é para a guerra é para a chamada política de persuasão. países
como os EUA não reconhecem nossos limites marítimos onde se encontra grande
parte do pré-sal. Quando a Lava Jato chama os procuradores americanos, prende o
almirante e paralisa a construção dos missis está servindo a que governo? Ao
Brasil ou dos EUA?
Com relação aos procuradores da
operação, japonês sugere incluir na força tarefa pelo menos um procurador que
seja crítico ao auxilio moradia e educação que vão colocar no bolso dos juízes
e procuradores, o correspondente a cerca de 10 salários mínimos por mês
retroativo a 1988, num total de R$ 30 bi, pago pelo contribuinte num país em
crise.
Japonês espera, com a contribuição a
justiça, diminuir substancialmente sua pena. E o autor do texto como qualquer
cidadão se arvora no direito de mentir já que o chefe da operação Lava Jato,
juiz Sérgio Moro mentiu num claro intuito de desgastar o governo Dilma, quando
vazou para a imprensa que faltava dinheiro na PF para operação Lava Jato, no
que foi prontamente desmentido pela própria PF que disse a imprensa que na
instituição havia dinheiro de sobra.
O chefe da operação Lava Jato, juiz
Sérgio Moro também é responsável pela mentira que circulou na imprensa na
véspera da eleição presidencial, que diz que Lula e Dilma sabiam da corrupção
na Petrobrás, sendo que o próprio advogado do pseudo delator disse que era mentira.
Como todos somos iguais perante a lei,
se o juiz Sérgio Moro mentiu e nada aconteceu eu também, como cidadão, me dou
ao direito de mentir. Não sobre os fatos citados no texto que assino embaixo
mas sim sobre a delação do Japonês!
Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2015
OAB/RJ 75
300
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do
Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros
(FNP).
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia,
Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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