quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

José Serra, Globo e Renan Calheiros já começaram a entregar o pré-sal

por Emanuel Cancella
O senador tucano José Serra é incansável na sua saga de entregar o pré-sal. Já em 2009, na eleição presidencial, o Wikileaks denunciava a troca de correspondência entre ele e a petroleira americana Chevron, cujo o conteúdo era de beneficiar a petroleira em prejuízo da Petrobrás. Serra perdeu a eleição, mas não desistiu. Agora é dele o projeto PLS 131/15, que flexibiliza o pré-sal e que acabou de ser aprovado em regime de urgência no senado.  
A Globo, na década de 90, se aliou ao governo tucano de FHC na tentativa de privatizar a Petrobrás, inclusive comparando a Petrobrás a um paquiderme e chamando os petroleiros de marajás. Perdeu, mas não desistiu.
Se a privatização da Petrobrás tivesse sido implementada como foi a da Vale do Rio Doce (a maior mineradora de ferro do mundo vendida por um valor negativo), a festa do pré-sal seria no Texas ou algum país Europeu.
Mas o governo de Lula afastou a ameaça de privatização e, em seu governo, a Petrobrás desenvolveu tecnologia inédita no mundo que permitiu a descoberta do pré-sal. E mesmo o pré-sal, que eles diziam que estava adormecido no fundo do mar, hoje produz mais de um milhão de barris de petróleo por dia, o suficiente para abastecer juntos todos os países do Mercosul e elevando as reservas de petróleo da Petrobrás para mais de 100 bi de barris, o suficiente para abastecer o Brasil no mínimo nos próximos 50 anos.
Mas a Globo, como José Serra, não desiste nunca. A Globo, mesmo com a descoberta do pré-sal, a maior reserva petrolífera do mundo moderno, publicou em editorial: “O pré-sal pode ser patrimônio inútil.”

E o senador  entreguista Renan Calheiros, para justificar a aprovação de urgência ao projeto entreguista de José Serra, segundo o Brasil 247, anuncia: "Petrobras não tem condições de investir para o Brasil".

No filme O Petróleo Tem Que Ser Nosso – Última Fronteira (2009), disponível na internet, o ator Paulo Betti em participação brilhante e gratuita em defesa do Brasil, diz. “É como se eu encontrasse um tesouro valiosíssimo em meu quintal e entregasse para meu vizinho, pois sou incompetente e não tenho como retirá-lo”. Esse é o sentido da frase do entreguista Renan Calheiro.  

Quando o petróleo era um sonho, os brasileiros foram as ruas, na campanha “ O Petroleo É Nosso!”,  a maior campanha cívica que esse país conheceu e que resultou na criação da Petrobrás, executora do Monopólio Estatal do petróleo. Será que agora que o petróleo é uma realidade, José Serra, o PSDB, Renan Calheiros e a Globo vão conseguir entregá-lo aos gringos! 

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2015 

OAB/RJ 75 300              
               
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

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