quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O conluio da mídia e Lava Jato resulta no escândalo jurídico jamais visto na história deste país

                       
por Emanuel Cancella
                                                                 
Não podemos nos calar diante de uma situação jurídica que conspira pela destruição da Petrobrás, a maior empresa brasileira, e contra o mandato de uma presidente que foi eleita legitimamente, de acordo com a vontade da maioria dos brasileiros e respaudada pela Constituição Federal.
A Lava Jato tem o desplante de ser contra a MP 703 que atendeu ao apelo de vários setores da sociedade, dentre os quais engenheiros e trabalhadores metalúrgicos, da construção civil e dos petroleiros. Com essa medida provisória, as empresas não ficarão impedidas de contratar e tocar obras públicas, mas os executivos envolvidos em atos de corrupção serão afastados, punidos e que seus bens expropriados. Já que o  essencial é que os empregos sejam preservados!. 
O conluio da mídia e Lava Jato resulta no maior escândalo jurídico jamais visto na história deste país. E à luz do sol, pois nada é escondido, verdade seja dita: grampo, vazamentos seletivos, prisões arbitrárias e blindagem descarada aos tucanos.
Na política, esses impostores da Lava Jato não investigam o governo de FHC, apesar de várias vezes citado em delação premiada, na própria operação. Nem mesmo quando o próprio presidente Fernando Henrique Cardoso reconhece em seu livro, “Diário da Presidência” que existiu corrupção na Petrobrás. Os senadores Antonio Anastasia e Aécio Neves foram citados na Lava Jato, Aécio por duas vezes, e nem sequer foram convocados a depor. O PGR Rodrigo Janot, que já arquivou uma denúncia contra Aécio, disse que ia analisar a segunda delação depois do recesso. O recesso da justiça  já acabou e o PGR, que opina em várias situações, também se cala sobre Aécio.
E o Ministério Público Federal ainda faz campanha para tornar lei dez medidas de combate à corrupção. Caso o MP investigue o aeroporto de Claudio e chame Aécio Neves para depor, eu assino as dez medidas. Esse mesmo Ministério  Público já arquivou, por duas vezes, a denúncia da construção do aeroporto em Claudios, em terras da família de Aécio Neves e com dinheiro público. Muita gente faz a ligação do aeroporto com a queda do avião do senador Zezé Perela, amigo de Aécio, com 450 quilos de cocaína. A dúvida persiste, pois a investigação foi criminosamente arquivada.
O partidarismo ousado desses impostores da lava jato é tanto que eles vazaram, na véspera da eleição, a delação mentirosa de que Lula e Dilma saberiam da corrupção na Petrobrás, favorecendo assim Aécio.
A Força Tarefa da operação lava Jato convocou os procuradores americanos para investigar a corrupção na Petrobrás. E a mesma lava Jato não mandou os procuradores brasileiros para investigar a petroleira Chevron americana. Essa petroleira foi denunciada pelo Wikeleaks, que interceptou telegramas, em 2009, entre a executiva da empresa e o senador tucano José Serra. Nesses telegramas, Serra prometia a entrega do nosso pré-sal, caso fosse eleito presidente.    
Ao invés de investigarem fatos como denúncias do aeroporto de Claudio, as delações contra Aécio e o governo FHC na Petrobrás, a Força Tarefa prefere trabalhar politicamente contra Lula, Dilma o PT. Contra Lula investigam o apartamento que ele não comprou, e buscam, através de factoides, atingi-lo através da nora, filho e amigo. Aí me lembro do artigo Mauro Santayana, no jornal do Brasil, falando sobre a lava jato:

O presidencialismo e a conspiração vermelha

O que não se pode esquecer é que, se quiserem fazer política, devem candidatar-se e ir atrás de votos e de um lugar no Parlamento, e não misturar alhos com bugalhos, ou querer exercer atribuições que não têm, e que não podem ter, nesta República, pois que não lhes foram conferidas por mandato popular.  

Rio de Janeiro, 28 de janeiro de 2015 

OAB/RJ 75 300              
               
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.



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