segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Os traidores só querem enfraquecer o governo para entregar nosso pré-sal.

por Emanuel Cancella



A presidente Dilma precisa organizar, urgentemente, um plano para que a Petrobrás volte a investir, para que as obras brasileiras possam continuar.  A Petrobrás, com os impostos que paga, financia 80% das principais obras do país, envolvendo milhões de empregos diretos e indiretos e injeta recursos na União, estados e municípios. Isso para que o  Brasil permaneça como o segundo canteiro de obras do planeta, só perdendo para a China.
O plano consistiria em dar suporte financeiro necessário a Petrobrás através do BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica e o banco dos BRICS, simultaneamente aos acordos de leniência, mantendo assim o funcionamento das empresas construtoras envolvidas em corrupção. Aliás, essa é uma prática usual nos países desenvolvidos, principalmente nos EUA, país que o juiz Sérgio Moro estudou.
Os EUA, em 2008, para barrar a quebradeira em sua economia, no escândalo de corrupção que ficou conhecido como “A bolha imobiliária”, injetaram U$ 7 trilhões de dinheiro público para salvar suas empresas, os empregos e retomarem o crescimento de sua economia.  E também ninguém assistiu à mídia americana difamar o Citybank e da GM, como faz a nossa mídia com a Petrobrás.
Dilma, simultâneo ao plano envolvendo os bancos, poderia mandar reforçar a investigação na Petrobrás, já que a investigação fez bem à empresa, pois durante seu curso melhorou todos os seus indicadores: aumentou a capacidade de refino; passou ao primeiro lugar na produção de petróleo ultrapassando a americana Exxon Mobil; ganhou o “Óscar” da indústria do petróleo pela terceira vez; e o pré-sal já está atingindo a marca de produção de hum milhão de barris por dia, o suficiente para abastecer todos os países do Mercosul.
Além do reforço no Petrolão, Dilma, deveria mandar investigar no sentido de trazer recursos desviados da União de escândalos que, somando, são geometricamente maiores que o da Petrobrás como o zelotes, Swssleaks, Fifa e o Trensalão e também a sonegação do imposto de renda da Globo na Copa do Mundo de 2002.  
 O Plano envolvendo os bancos e o aprofundamento da investigação da corrupção seriam a forma de os brasileiros barrarem uma oposição inconseqüente, uma mídia golpista, um Congresso Nacional retrógrado, cujos presidentes das duas casas, Câmara e Senado,  são citados pelo Procurador Geral da República por envolvimento corrupção.
É bom que se diga que, pela primeira vez, corruptos corruptores estão indo para cadeia.  Entretanto o único combate à corrupção está sendo na Petrobrás, através da operação Lava Jato, cujo chefe, o juiz Sérgio Moro, recebeu o prêmio de personalidade do ano de o Globo. O Petrolão é sabidamente uma investigação tendenciosa, pois blindam os parlamentares tucanos e o governo de FHC na Petrobrás, ambos várias vezes citados em delação premiada. Apesar de vários partidos citados em delação premiada no Lava Jato, como o PSDB, PP, PMDB e PSB só o tesoureiro do PT esta preso.
Também, antes do Lava jato, os parlamentares tucanos envolvidos no “mensalão tucano” foram protegidos pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa,  com participação do juiz Sérgio Moro, este  como assistente da ministra Rosa Weber. Dez anos se passaram e o mensalão tucano já está prescrevendo sem investigação. Pasmem, o mensalão tucano foi anterior ao do PT!
Aí  crescem as evidências de “armação”  já que a Globo fez  campanha na mídia, no governo de Fernando Henrique Cardoso (1994/2002) pela privatização da Petrobrás, comparando a Petrobrás a um paquiderme, e chamando os petroleiros de marajás. Como fez com todas as estatais que privatizou; FHC, para sucateá-las, congelou tarifas e zerou investimentos.
No caso da Petrobrás, FHC também esvaziou os quadros técnicos da companhia não realizando concurso público. FHC não conseguiu privatizar a Petrobrás, pois esbarrou na vontade popular e na mais longa greve da categoria.
E o pior, a operação Lava Jato é contra os contratos de leniência, que permitiriam que empresas envolvidas em corrupção continuassem a funcionar normalmente, enquanto seus donos são julgados e presos, se condenados.

Enquanto a Petrobrás funciona com freio de mão puxado, a mídia se vangloria apresentando números negativos, muitas vezes se antecipando, como no caso dos serviços anunciados pela Folha de 1/8:Setor de serviços encolhe pela 1ª vez desde 1990, estimam economistas”.

 Não satisfeitos em parar a Petrobrás, os tucanos, capitaneados pelo senador José Serra, apresenta a PLS 131/15, que, mais uma vez, tenta entregar o pré-sal à petroleira americana Chevron. Na primeira vez, em 2009, Serra não conseguiu cumprir o prometido pois perdeu a eleição e também foi denunciado pelo Wikileaks.   
Dilma precisa agir rápido, como fizeram os americanos, para salvar o Brasil e barrar os entreguistas!

Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2015 

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

         



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