sexta-feira, 19 de junho de 2015

Pedaladas Fiscais ou Pegadinhas?

                          por Emanuel Cancella

Oposição, com apoio da mídia, usa o argumento das pedaladas fiscais para tentar manter o governo na defensiva. Falam como se o governo tivesse praticado um crime lesa-pátria! Pedaladas são artifícios contábeis utilizados pelos governos para atingir a meta fiscal.
Só para se ter uma ideia da seriedade dos “Tribunais de Contas”, enquanto o Tribunal de Contas da União acusa o governo Dilma de utilizar as pedaladas e o Congresso, capitaneado pelo presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha, ameaça discutir as pedaladas em plenário, as contas do governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo em 90 minutos.
O tucano recebeu tratamento brando, mesmo em temas controversos para o governo como a crise hídrica, apesar de ressalvas de um dos conselheiros: "Será que alguém precisa dizer que a falta d'água foi causada por atraso nas obras?", questionou Roque Citadini. E mais, "O governo precisa explicar claramente porque as metas não foram cumpridas", continuou. E aprovou mesmo sabendo que, em 2014, o Estado de São Paulo teve receitas de R$ 185,3 bilhões e despesas de R$ 185,6 bilhões --déficit de R$ 355 milhões (-0,19%), indicativo em queda desde 2011.
O último governo a ser acusado de utilizar as pedaladas foi O presidente Getulio Vargas em 1937.
Para tornar mais ridículo o episódio das “Pedaladas”, o  autor da denúncia, Augusto Nardes, foi indicado pelo ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcante, de triste lembranças para os brasileiros. Na ocasião, Augusto Nardes foi contra-indiciado pelo presidente do órgão Adylson Motta pelo seguinte motivo alegado...“à inobservância do requisito constitucional da reputação ilibada e idoneidade moral”. Nardes era processado – respondia ao Inquérito 1827-9 – crime eleitoral, peculato e concussão e doação de campanha eleitoral.
As pedaladas de Dilma, que não são aquelas que ela dá em torno do Palácio do Planalto para manter a forma física, foram usadas por Dilma principalmente para viabilizar projetos sociais como “minha casa minha vida”.   Com essa denúncia vazia a mídia e a oposição caíram do cavalo ou melhor da bicicleta!

Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

Rio de Janeiro, 19 de junho de 2015
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