por Emanuel Cancella
No Brasil colônia, o rei tinha o poder supremo. Acabamos com
o império e instalamos a República, um dos princípios republicanos é de que
todos somos iguais perante a lei. Estranho que passados 125 anos de nossa República
ainda tenhamos setores de nossa sociedade blindados contra qualquer tipo de
investigação, como é o caso do PSDB. Parece que nossas instituições amarelam
diante dos tucanos, já que as autoridades se apequenam diante desse partido. Acima do bem e do mal, esses elementos se
arvoram até em tirar do governo uma presidente eleita pela vontade popular,
sendo que eles disputaram e perderam a eleição. Fazem isso como retaliação. Já
prendemos corruptos, corruptores, confiscamos seus bens, juízes e poderosos
donos de empresas já foram para o xilindró e nada de tucano! Será por quê?
Escândalos como “a compra de votos para reeleição de FHC”, “A privataria Tucana”,
Trensalão”, “Aeroporto de Claudio em MG”, “Mensalão do PSDB”, “Lava Jato”, em
nenhuma dessas maracutaias os tucanos foram sequer investigados para valer,
imagine engaiolá-los! Reflexo dessa blindagem é que a maioria dos candidatos
barrados pelo “Ficha Limpa” são do PSDB, segundo a revista Exame em setembro de
2012. Em setembro de 2014, segundo o Blog dos desenvolvimentistas: “Justiça
Eleitoral confere título inédito ao PSDB; o partido mais corrupto do Brasil”.
Na divisão por partido, o PSDB é o que possui a maior “bancada” de barrados,
com 56 candidatos – o equivalente a 3,5% dos tucanos que disputam. O PMDB vem
logo atrás (49). O PT aparece na oitava posição, com 18 - 1% do total de seus
postulantes...Por que será essa procura de tantos candidatos fichas sujas ao
PSDB? Seria por conta da impunidade?
Pergunta que não quer calar: até quando a sociedade vai
aceitar essa omissão de nossas intuições e de nossas autoridades?
OBS.: Artigo enviado
para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época
entre outros órgãos de comunicação.
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos
Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional
dos Petroleiros (FNP).
Rio de Janeiro, 19 de
maio de 2015
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