quarta-feira, 27 de maio de 2015

Joaquim Barbosa e Sergio Moro, farinha do mesmo saco

por Emanuel Cancella
Tenho um amigo que acredita, como grande parte da sociedade, que Moro é um juiz imparcial e vai levar às grades todos os envolvidos em corrupção na operação Lava a Jato. E que Moro não vai fazer como o ex-ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, que dirigiu a AP 470 e teve a cara de pau de julgar o mensalão do PT e deixou de fora o mensalão do PSDB, que foi anterior ao do PT. Todos ficaram esperando que depois do PT viria o mensalão tucano. Estamos esperando até hoje! E o mensalão tucano prescrevendo! Folha de 21/01/14:  “ [...] A justiça de Minas Gerais confirmou as prescrições das acusações contra o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia pelos crimes de peculato (desvio de recursos públicos) e lavagem de dinheiro no processo do mensalão tucano. [...]”.
Meu inocente amigo e sociedade ludibriada acreditam que o juiz Moro vai prender, como fez com o tesoureiro do PT, os tesoureiros e membros de outros partidos citados na operação, como o senador Aécio Neves, o ex-governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, Marcio Forter, ex-tesouro de campanha de FHC, e de José Serra, todos do PSDB! Com certeza que o sentimento da sociedade é que, independente de partido, todos envolvidos  e condenados irão para a cadeia, após ampla defesa garantida pela lei e do processo transitado em julgado. Vão ficar esperando, já que Moro e Joaquim Barbosa são iguais. Não dá para acreditar no Juiz Sergio Moro como não deu para acreditar no ministro Joaquim Barbosa, tanto que a Globo, que também não quer um país soberano e não gosta do povo, deu para os dois o prêmio de personalidade do ano. Como a maioria de nós, acreditei em papai Noel quando era criança, mas agora estou muito velho para me deixar enganar!

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

Rio de Janeiro, 27 de maio de 2015






   

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