por Emanuel Cancella
Num curso de direito civil
preparatório para concurso no centro do Rio, tive aula de Direito Civil com o
professor Sylvio Capanema, que era então desembargador no Rio. Certa vez, disse
o mestre: “Tudo que sou devo à matemática”. Como? Perguntávamos e ele respondia:
“Na época do vestibular, perguntei qual o curso que não tinha matemática, e me
responderam que seria Direito”. A matemática se livrou de um desafeto e o
direito ganhou um juiz, um desembargador, e um dos melhores professores que
tive em sala de aula.
Digo isso porque creio
que o juiz Sérgio Moro, chefe da operação Lava jato, é da mesma escola desse
desembargador, pois tem muita dificuldade com a matemática.
O juiz Moro arquivou a
denúncia contra o senador Aécio Neves do PSDB que, segundo o doleiro Alberto
Youssef, recebia propina, através de sua irmã, de uma diretoria de Furnas que
Aécio controlava. Estadão de 04/03/15: “... Youssef disse que recolheu o
dinheiro em dez vezes, numa delas foi informado de que o repasse não seria
feito integralmente – faltariam R$ 4 milhões porque alguém do PSDB já teria coletado
essa quantia antes...”.
O jornal A Tarde, de
09/01/15, divulgou e o procurador Geral da República denunciou o ex-governador
de Minas Gerais, Antonio Anastasia, do PSDB, de receber do Policial Federal,
Jayme Alves de Oliveira filho, conhecido como “careca”, que distribuiu R$
16,9 milhões em propina e diz ter entregue a Anastásia hum milhão de reais. Ao
invés de apurar, o juiz Sérgio Moro soltou Careca e arquivou a denúncia.
Notícia do Estadão de
16/10/14, Sergio Guerra, falecido ex-presidente do PSDB, recebeu R$ 10
milhões de propina para enterrar a CPI no Senado em 2009, segundo delação
premiada do ex diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa.
E mais, um dos tesoureiros
do PSDB, Márcio Forte, está envolvido nas contas do HSBC na Suíça para lavagem
de dinheiro. O Globo de 26/03/15, publicou que o.ex-tesoureiro de
FHC e José Serra, nunca declarou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) a
existência de suas três contas internacionais; e em 2002, Fortes usou notas frias e o PSDB chegou
a ser multado em R$
7 milhões.
Diante desses números fantásticos de propina que
envolvem o PSDB, o juiz Sérgio Moro prende o tesoureiro do PT, João Vaccari
Neto e deixa de fora o tesoureiro do PSDB.
Segundo notícia do Blog, Brasil 247 de 26/05/15,
Vaccari é acusado de desviar R$ 583 mil depositados em conta de sua mulher, de
2008 a 2014. Vaccari diz que o dinheiro depositado na conta da mulher vieram de
seus salários, inclusive esses valores foram declarados no Imposto de Renda. O valor - que daria R$ 6,9 mil por mês - seria,
segundo ele, compatível com a renda bruta de R$ 3,4 milhões que teve no
período.
Diante da discrepância dos valores envolvidos no
escândalo do PT e do PSDB, sendo os do PSDB infinitamente maiores que o do PT, com o
agravante de que o tesoureiro do PT declarou os valores no Imposto de Renda.
Chego à conclusão de que o juiz Sérgio Moro, que chefia a operação Lava jato,
não tem problema político com o PT, o problema dele é com a matemática como o
do professor e desembargador citado acima. Sugiro ao juiz Sérgio Moro contratar
o matemático Oswaldo de Sousa ou outro para entender melhor os números e julgar
com imparcialidade.
Emanuel Cancella é coordenador do
Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Rio de Janeiro, 26 de
maio de 2015
emanuelcancella.blogspot.com.br
É PRA PENSAR... ESSE JUIZ É A VERGONHA DO BRASIL
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