por Emanuel Cancella
O Mundo acordou com a prisão de dirigentes da FIFA, as
denuncias envolvendo a FIFA vem de muito longe, e para aqueles que acompanham o
noticiário diante das denuncias acumuladas não é nenhuma novidade as prisões.
Parece que a prisão de corruptos e corruptores e o confisco dos bens roubados
no Brasil influenciaram o mundo. Só que no Brasil as investigações e prisões
são seletivas, queremos que a prisão abranja a senzala e a casa grande.
Coincidência ou não no dia que os dirigentes da Fifa são
presos o governo da Suíça liberou a lista das contas para lavagem de dinheiro
no banco HSBC. Antes da liberação
oficial essas contas já tinham vazado e ficamos sabendo que a Globo a Band,
Folha de São Paulo e a editora Abril responsável pela revista Veja tem contas
nesse banco na Suíça.
Um dos problemas na investigação desse escândalo conhecido
com Swssleaks é que essas empresas de comunicação escondem do grande publico
esse escândalo no qual estão envolvidos. A operação Lava jato, que investiga a
Petrobrás tem lugar de destaque diário a mais de ano nesses meios de
comunicação e todo mundo sabe o nome e sobrenome dos envolvidos, e os valores
envolvidos, enquanto no Swssleaks ninguém sabe os nomes dos envolvidos e dos
valores envolvidos. E pasmem os valores envolvidos no escândalo do HSBC são
muitos maiores do que os da Petrobrás.
Esperamos que com as contas em mão de forma oficial, O
Ministro da Justiça, o Procurador Geral da Republica, a Policia Federal, o
Ministério Público Federal prendam esses larápios, já que sonegação é crime. O
Brasil no governo Dilma que inclusive sancionou a lei da delação premiada,
prendeu corruptos e corruptores, confiscou seus bens. Agora vamos ver se a
justiça chega até o quarto poder da República que é a grande mídia.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para
o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de
comunicação.
Emanuel Cancella é coordenador do
Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Rio de Janeiro, 27 de maio de 2015
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