Por Emanuel Cancella
“A maior “contribuição”, como delator, foi dizer que Lula e Dilma
sabiam da corrupção na Petrobrás, matéria estampada na revista Veja, e dilgada no
Jornal Nacional da Globo, às vésperas da eleição, mesmo depois de a Justiça
proibir a veiculação do inventado, baseada no desmentido do advogado de
Youssef;”
Lendo a notícia no Estadão, em 23/5, “ Lava a Jato avança sobre
contratos do bilionário mercado do pré-sal” lembrei que a mulher do juiz Sérgio
Moro, chefe da operação Lava Jato, Rosangela Wolff de Quadros Moro, segundo o Wikipédia, é
advogada de empresas petrolíferas
(Shell) e também advogada do PSDB do Paraná.
A ligação da família Moro com o PSDB é antiga, Sérgio
Moro atuou em negócios ligados ao ex- prefeito corrupto de Maringá, Jairo
Morais Gianoto, do PSDB.
A Polícia Federal prendeu o ex-prefeito Jairo Gianoto, em 2006, por
desvio de dinheiro público, formação de quadrilha e sonegação fiscal; já o
advogado Tributarista Irivaldo Joaquim de Souza foi preso e só conseguiu o
Habeas Corpus, depois que o Juiz Federal Sérgio Fernando Moro ter testemunhado
a seu favor. Moro trabalhava no
escritório do tributarista Irivaldo Joaquim de Souza.
O juiz Moro é acusado na justiça de ter montado no
Paraná uma fabrica de “delações premiadas”. O fato estranho é que o doleiro
Alberto Youssef, o qual ousamos chamar de operário padrão da indústria de
delações de Sergio Moro, acompanha o juiz nos casos Banestado, na corrupção na
prefeitura de Maringá e agora na operação Lava Jato. A maior “contribuição”, como delator, foi
dizer que Lula e Dilma sabiam da corrupção na Petrobrás, matéria estampada na
revista Veja, e divulgado no Jornal Nacional da Globo, às vésperas da eleição,
mesmo depois de a Justiça proibir a veiculação do inventado, baseada no
desmentido do advogado de Youssef;
É sabido que as empresas petrolíferas estão de olho no
pré-sal, o senador José Serra do PSDB, que disputou a eleição presidencial, foi
denunciado pelo telegrama interceptado pelo Wikileaks, prometendo à Chevron
americana que, se eleito, mudaria a lei do pré-sal. Isso foi publicado na Folha
de 13/12/10.
José Serra, para o bem do Brasil, perdeu a eleição. Mas
não se dá por vencido e apresentou projeto de lei no Senado para mudar a lei do
pré-sal. É muita coincidência que, justamente agora que o entreguista José Serra
tenta mudar, no Senado, a lei do pré-sal, saia essa notícia do juiz intervindo
no pré-sal. Seria só coincidência, entretanto esse juiz, além de ser ligado ao
PSDB, usa o Youssef, seu velho conhecido, para atacar todo o tempo a Petrobrás,
e ainda, sua mulher advoga para o PSDB e
para a Shell. Essa parcialidade do juiz se torna também mais clara quando
prende o tesoureiro do PT e deixa livre os também envolvidos tesoureiros do
PSDB, PP e PMDB; também é muito suspeito que a Petrobras seja tão penalizada,
tudo que deseja as empresas concorrentes, inclusive a representada pela mulher
de Moro;
Isso pode não ser bom para o Brasil, mas para a família
Moro isso é que é operação bem sucedida!
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos
Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional
dos Petroleiros (FNP).
Rio de Janeiro, 24 de
maio de 2015
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