por Emanuel Cancella
Joaquim Barbosa, ex-ministro
e presidente do STF, comandou a AP 470, conhecida como mensalão, só do PT.
Julgou, condenou, mandou prender parlamentares de vários partidos
principalmente do PT, deixando de fora os parlamentares do PSDB e do DEM. Com um
agravante, o mensalão do PSDB foi anterior ao do PT.
Até hoje o mensalão do
PSDB não foi julgado e as penas dos envolvidos estão prescrevendo. Folha de
21/01/14: “...A justiça de Minas Gerais
confirmou as prescrições das acusações contra o ex-ministro Walfrido dos Mares
Guia pelos crimes de peculato (desvio de recursos públicos) e lavagem de
dinheiro no processo do mensalão tucano...”
Juiz Sérgio Moro, chefe
da operação Lava Jato que investiga a Petrobrás, é acusado na justiça de ter montado uma fábrica
no Paraná de “delações premiadas”, cujo o principal colaborador é o doleiro
Alberto Youlssef. Muito estranho que o doleiro Alberto Youseff colabore como
delator para o juiz Moro no caso Banestado, no escândalo financeiro da
prefeitura de Maringá e agora no Lava jato. É muita coincidência, não?
Alberto Youssef, a
despeito de ser bandido, viu seus negócios crescerem e hoje é o doleiro mais
poderoso do país. Tão poderoso que acusou, às vésperas da eleição, Lula e Dilma
de saberem do escândalo da Petrobrás. Depois descobrimos, através do advogado
de Youssef, que tudo não passava de uma grande mentira. O grave é que, até se
fosse verdade, não poderia ser divulgado, antes de o processo transitar em
julgado ou se extinguir. Ou seja, segundo a lei, que Sérgio Moro deve conhecer tão
bem, a delação premiada só tem valor ao final do processo.
Moro usa a delação
premiada contra todos, inclusive sem provas, como fez contra Lula e Dilma.
Todos menos os políticos do PSDB! O Senador Aécio Neves, do PSDB, foi
denunciado na operação Lava Jato pelo doleiro Alberto Youssef de receber propina,
através de sua irmã, de uma diretoria de Furnas, e Sérgio Moro arquivou.
Segundo o Procurador
Geral Da República, Rodrigo Janot, o policial Jayme Alves Filho, conhecido como
“careca”, acusou o ex-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, do PSDB, de
receber propina através do doleiro Alberto Youssef. Youssef negou que
entregasse propina a Antonio Anastasia. Tudo isso tinha que ser investigado, o estranho é que Sérgio Moro soltou careca e arquivou
a denúncia.
Como se isso não
bastasse, políticos do PSDB, do PMDB e do PP foram denunciados na operação Lava
Jato e Sergio Moro só prendeu o tesoureiro do PT.
A Globo homenageou os
dois juízes, Joaquim Barbosa e Sérgio Moro, como personalidades do ano. Tudo
que foi feito no mensalão e na operação Lava a Jato só tem repercussão porque a
mídia, principalmente a Globo, assim o quer. Escândalos como zelotes, Swssleakes,
Trensalão, que envolvem valores infinitamente maiores do que o da corrupção na
Petrobrás, políticos e executivos de empresas tão importantes como os do Petrolão,
mas de forma orquestrada pela mídia, são totalmente desconhecidos da sociedade.
Aliás, o Trensalão envolve três governadores do PSDB em corrupção e o Swsslaikes
envolve a Globo, Band, Folha e Veja da editora Abril, em sonegação.
Joaquim Barbosa, Sérgio Moro. Globo e vocês, tudo a ver!
Emanuel Cancella é coordenador do
Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Rio de Janeiro, 25 de
maio de 2015
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