terça-feira, 26 de maio de 2015

Exclusivo: O juiz Sérgio Moro não persegue o PT e protege o PSDB, o problema dele é com a matemática

por Emanuel Cancella

Num curso de direito civil preparatório para concurso no centro do Rio, tive aula de Direito Civil com o professor Sylvio Capanema, que era então desembargador no Rio. Certa vez, disse o mestre: “Tudo que sou devo à matemática”. Como? Perguntávamos e ele respondia: “Na época do vestibular, perguntei qual o curso que não tinha matemática, e me responderam que seria Direito”. A matemática se livrou de um desafeto e o direito ganhou um juiz, um desembargador, e um dos melhores professores que tive em sala de aula.

Digo isso porque creio que o juiz Sérgio Moro, chefe da operação Lava jato, é da mesma escola desse desembargador, pois tem muita dificuldade com a matemática.

O juiz Moro arquivou a denúncia contra o senador Aécio Neves do PSDB que, segundo o doleiro Alberto Youssef, recebia propina, através de sua irmã, de uma diretoria de Furnas que Aécio controlava. Estadão de 04/03/15: “... Youssef disse que recolheu o dinheiro em dez vezes, numa delas foi informado de que o repasse não seria feito integralmente – faltariam R$ 4 milhões porque alguém do PSDB já teria coletado essa quantia antes...”.


O jornal A Tarde, de 09/01/15, divulgou e o procurador Geral da República denunciou o ex-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, do PSDB, de receber do Policial Federal, Jayme Alves de Oliveira filho, conhecido como “careca”, que  distribuiu R$ 16,9 milhões em propina e diz ter entregue a Anastásia hum milhão de reais. Ao invés de apurar, o juiz Sérgio Moro soltou Careca e arquivou a denúncia.

Notícia do Estadão de 16/10/14,  Sergio Guerra, falecido ex-presidente do PSDB, recebeu R$ 10 milhões de propina para enterrar a CPI no Senado em 2009, segundo delação premiada do ex diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa.

E mais, um dos tesoureiros do PSDB, Márcio Forte, está envolvido nas contas do HSBC na Suíça para lavagem de dinheiro.   O Globo de 26/03/15, publicou que o.ex-tesoureiro de FHC e José Serra, nunca declarou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) a existência de suas três contas internacionais; e  em 2002, Fortes usou notas frias e o   PSDB chegou a ser multado em R$ 7 milhões.

Diante desses números fantásticos de propina que envolvem o PSDB, o juiz Sérgio Moro prende o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto e deixa de fora o tesoureiro do PSDB.

Segundo notícia do Blog, Brasil 247 de 26/05/15, Vaccari é acusado de desviar R$ 583 mil depositados em conta de sua mulher, de 2008 a 2014. Vaccari diz que o dinheiro depositado na conta da mulher vieram de seus salários, inclusive esses valores foram declarados no Imposto de Renda. O valor - que daria R$ 6,9 mil por mês - seria, segundo ele, compatível com a renda bruta de R$ 3,4 milhões que teve no período.

Diante da discrepância dos valores envolvidos no escândalo do PT e do PSDB, sendo os do PSDB  infinitamente maiores que o do PT, com o agravante de que o tesoureiro do PT declarou os valores no Imposto de Renda. Chego à conclusão de que o juiz Sérgio Moro, que chefia a operação Lava jato, não tem problema político com o PT, o problema dele é com a matemática como o do professor e desembargador citado acima. Sugiro ao juiz Sérgio Moro contratar o matemático Oswaldo de Sousa ou outro para entender melhor os números e julgar com imparcialidade.  

Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

Rio de Janeiro, 26 de maio de 2015

emanuelcancella.blogspot.com.br

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