domingo, 13 de novembro de 2011

CONTRA A INJUSTIÇA EM DEFESA DO BRASIL

por Emanuel Cancella

A Passeata "Contra a Injustiça, em Defesa do Rio" não passa de uma grande farsa! Com certeza estamos fazendo o jogo das multinacionais do petróleo e de seu representante no Brasil: O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Bicombustíveis – IBP. Discutir os royalties é como discutir o rabo do elefante, queremos discutir o elefante, já disse o ex-diretor da Petrobrás e professor da USP, Ildo Sauer.

Os governos do Rio e do Espírito Santo nunca prestaram contas de onde aplicaram esse dinheiro e nem dizem onde vão aplicar no futuro. Diante da ameaça de diminuição do repasse, ameaçam os salários dos aposentados. Isso é uma grande injustiça e covardia! Precisamos exigir de todos os governantes o destino dos royalties: saúde, educação e saneamento básico, por exemplo.

Além disso, os royalties representam 10% da indústria do petróleo e podem chegar a 15%. Enquanto discutimos quem leva mais, se Rio, Espírito Santo ou os demais Estados brasileiros, os estrangeiros principalmente Europa e EUA vão se beneficiar do Brasil, o grande exportador de petróleo. Por efeito da lei, do governo brasileiro e da Petrobrás, o Brasil vai se transformar num grande exportador de petróleo, ou seja, mais uma vez fornece matéria prima para enriquecimento dos colonizadores de sempre.

Isto porque, como fizemos com nossas riquezas naturais, borracha, pau-brasil, café, açúcar, ouro, minério prata e ouro, agora vamos fornecer ao mundo nosso ouro negro, ou como denominam nossos militares "a Amazônia azul". Vamos abastecer os EUA e a Europa, ajudando a resolver os problemas da crise financeira internacional e o Brasil vai continuar a ser o país do futuro.

Será que o povo brasileiro foi às ruas no maior movimento cívico, "O petróleo é nosso!" para depois entregá-lo de mãos beijadas? Quando o petróleo era um sonho, na década de 40 e 50, o povo foi às ruas lutar: muitos morreram, foram presos e perseguidos, e agora quando o petróleo é uma realidade vamos capitular?

Estamos fazendo exatamente a vontade do IBP denunciada pelo Wikilikes: não debater o petróleo para não despertar o nacionalismo dos brasileiros. Sem esquecer que, por menos que isso, os americanos arrasam o Iraque, Afeganistão, entre outros, e tentam aniquilar a Venezuela. Quanto ao debate dos royalties, acreditamos que todos devam receber sem prejuízo dos estados e municípios produtores. Mas o mais importante, o fundamental é a garantia: Que todo o petróleo seja nosso!


Rio de janeiro, 10 de novembro de 2011

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